Apostas

Confira os temas mais citados para a redação do Enem de 2023

Principais apostas giram em saúde e inteligência artificial

Temas citados ao longo do ano, são apostas para a Redação do Enem
Temas citados ao longo do ano, são apostas para a Redação do Enem |  Foto: Arquivo/Enfoco

A primeira parte da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 acontece neste domingo (5), e durante todo o ano, os professores que ajudam na preparação para o Enem fazem suas apostas para o tema da redação. Neste ano, os temas mais citados foram, meio ambiente, saúde, tecnologia e inteligência artificial.

Vale ressaltar, que é sempre importante para o estudante ficar ligado nos principais acontecimentos do Brasil em 2023. O meio ambiente é uma das principais apostas da professora de redação Roberta Panza, da plataforma de estudos “Descomplica”. Para o site “Agência Brasil”, Panza afirmou que “É um tema muito atual e, de uns anos para cá, a discussão sobre o clima tem sido cada vez mais presente”. Além disso, neste eixo, outros temas podem ser abordados, como o aquecimento global, as mudanças climáticas, educação ambiental e crise climática, hídrica e energética.

Já a inteligência artificial, se tornou um tópico muito comentado ao longo de todo o ano. Com a popularização do “ChatGPT”, entre outras IAs, o assunto pode ser abordado como tema da redação, já que é algo que se tornou contemporâneo. O Enem pode trazer este tema devido às mudanças que a tecnologia proporcionou. Como gerar um mercado de trabalho, especialmente voltado para os jovens.

Temas ligados à educação, como as mudanças do ensino médio, a alfabetização e a evasão escolar em um contexto pós-pandemia de Covid-19, são outras possibilidades abordada

No meio da saúde, assuntos como “obesidade”, “sedentarismo” e “hábitos de vida” ganharam espaço para debate neste ano. Além disso, o tema pode abordar o uso de “drogas da inteligência”, que visam melhorar a performance cerebral de estudantes e trabalhadores sem a necessidade de um diagnóstico, o fenômeno chamado de “doping cognitivo” ou então “psiquiatria cosmética”. Para alguns professores, a eficiência da vacinação, junto da importância do Sistema Único de Saúde (SUS), o combate às infecções sexualmente transmissíveis e transplantes no Brasil, também podem se tornar temas da redação do Enem.

Além disso, os temas ligados à educação, como as mudanças do ensino médio, a alfabetização e a evasão escolar em um contexto pós-pandemia de Covid-19, são outras possibilidades abordadas. Outras possibilidades de assuntos para a redação do Enem deste ano são: fake news, bullying e violência nas escolas, segurança pública, violência policial, combate à fome no país e insegurança alimentar, questão habitacional no Brasil, pessoas em situação de rua, trabalho análogo à escravidão, etarismo, idosos e mães “solo”.

O Enem acontece nos dias 5 e 12 de novembro, as notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Foco na estrutura

Se, por um lado, muitos professores gostam de trabalhar vários temas possíveis para a redação com os alunos, outros defendem que saber o tema com antecedência não é tão importante para o desempenho do aluno. “Meu conselho para a redação é não se preocupar com o tema. O tema que vier, vamos fazer o básico para garantir uma nota alta, e se vier um tema que ele domina melhor, ainda consegue firular para garantir a nota mil”, diz a professora Carol Mendonça, do canal Português para Desesperados.

Segundo Carol, é importante credibilizar os argumentos apresentados com alguma associação artística, estatística, resultado de pesquisa, retomada histórica ou com a fala de um especialista, por exemplo. “Sempre tentar sair do campo da opinião para o campo do fato. Independentemente do que você pensa, vai colocar o que pode ser provado”, aconselha a professora.

Para o professor Luis Junqueira, cofundador da plataforma de letramento Letrus, o mais importante é seguir a estrutura da redação, fazendo uma contextualização geral, definindo a tese, e apresentando uma proposta de intervenção social. Segundo ele, os textos de apoio e as informações que estão na prova já são suficientes para dar uma base para o aluno sobre o assunto.

“Se você tem insegurança com o tema que caiu na prova, você pode traduzir as informações do infográfico. O texto vai ter que ter uma tese, um contexto e uma orientação para a proposta de intervenção social. Independente do tema, a estrutura da redação é a mesma, concentre-se nessa estrutura”, diz o professor.

Na redação do Enem, os candidatos deverão fazer um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política, defendendo um ponto de vista (uma opinião a respeito do tema proposto), apoiado em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão. Também deve ser elaborada uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos.

Com Agência Brasil

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