Estelionato

Conheça o novo golpe do Pix que promete dinheiro extra por 'missão'

Vítimas recebem valores pequenos no início

Golpistas incentivam vítimas a fazer transferências para continuar no esquema
Golpistas incentivam vítimas a fazer transferências para continuar no esquema |  Foto: Divulgação

Dinheiro fácil em troca de tarefas simples. Esse é o novo método usado por golpistas do Pix para enganar vítimas nas redes sociais.

No ''golpe da renda extra'', os criminosos pedem que as vítimas curtam vídeos em plataformas como TikTok ou avalie estabelecimentos no Google, por exemplo.

Quem já caiu na lábia dos golpistas revela que a abordagem ocorre por canais como WhatsApp, Facebook e Telegram. Na conversa, eles afirmam ser de uma empresa que presta o serviço de avaliação e curtidas.

Quando a vítima aceita participar, os golpistas pedem a chave Pix para o suposto pagamento pelas tarefas executadas, que na fase inicial são entre R$ 10 e R$ 20.

Além disso, a pessoa é convidada a entrar num grupo do Telegram onde estão milhares de pessoas, passando credibilidade para o golpe por meio do senso de comunidade.

Mas não para por aí. A vítima precisa "evoluir nas missões" e fazer investimentos cada vez maiores. Segundo relatos, os valores podem chegar até R$ 1 mil, com promessas de retorno de 30% a 100% sobre a quantia investida.

Quando a vítima transfere a quantia por Pix, perde contato com o grupo e é bloqueada pelos administradores. O golpe da renda extra se enquadra como estelionato e está previsto no artigo 171 do Código Penal, com possibilidade de um a três anos de reclusão.

Eu caí no golpe. O que fazer?

A recomendação é entrar em contato com a instituição financeira de onde o Pix saiu imediatamente depois de descobrir o golpe e peça o bloqueio do dinheiro na conta de destino.

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) possibilita que a entidade financeira de origem da transação solicite a imediata suspensão do montante na conta de recebimento, se houver suspeita de atividade fraudulenta.

É fundamental relatar que o ocorrido foi um golpe, pois o MED não abrange situações em que Pix é enviado erroneamente para indivíduos ou empresas. A denúncia pode ser feita tanto pelo aplicativo ou site do banco quanto pelo telefone. Guarde a data, o horário e o número do protocolo.

Capture uma imagem da tela (print screen) exibindo as conversas do dispositivo (celular ou computador). 

Descreva com o máximo de informações que puder, a sequência dos eventos que levaram ao golpe para não cair no esquecimento.

Registre um boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil mais perto de você. Também é possível fazer online. Inclua no registro toda a documentação do passo anterior, além do protocolo do MED.

Se o banco demorar a realizar o MED, é possível, munido do boletim de ocorrência, reportar simultaneamente o golpe à instituição de destino, solicitando o bloqueio imediato da conta que recebeu o Pix. Se essa for uma instituição na qual você não tem conta, basta contatar a Ouvidoria deste banco.

Preencha o formulário do próprio WhatsApp, explicando o que aconteceu e denunciando o número de telefone do golpista. Depois de preencher, acesse a conversa com o número desconhecido, clique no número de telefone e, em seguida, selecione ”Denunciar contato” > ”Denunciar e bloquear”.

Após essas etapas, você não receberá mais chamadas nem mensagens do número bloqueado, e os indivíduos associados a esse número não conseguirão visualizar detalhes de seu perfil, como informações de “visto por último” e “online”, atualizações de status e sua foto de perfil.

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