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    Consumo de álcool cresce entre brasileiros em 2019, diz IBGE

    Publicado 18/11/2020 às 10:56 | Autor: Plantão Enfoco
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    Aumento do consumo entre as mulheres puxou alta do setor. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Pesquisa de saúde divulgada, nesta quarta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o consumo de bebidas alcóolicas entre brasileiros cresceu no último ano. O índice foi puxado principalmente pelo público feminino: 17% das mulheres adultas afirmaram ter bebido uma vez ou mais por semana em 2019.

    O índice é 4,1 pontos percentuais maior do que era em 2013 (12,9%). Puxado por esse aumento entre as mulheres, 26,4% da população adulta afirmou ter bebido semanalmente em 2019 contra 23,9% em 2013. Esse é um dos resultados apresentados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE, em convênio com o Ministério da Saúde, com dados sobre a percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal.

    Entre os homens, a variação não foi tão significativa: 36,3% para 37,1%, entre 2013 e 2019. No comparativo por faixa etária (ambos os sexos), a maior proporção de pessoas que beberam pelo menos uma vez na semana foi de adultos com 25 a 39 anos (31,5%), seguida de perto por jovens de 18 a 24 anos (30,4%). Apenas 17% dos idosos de 60 anos ou mais consomem bebida alcoólica no Brasil, a faixa com o menor resultado.

    Já no comparativo por faixas de rendimento per capita, nota-se que quanto maior o rendimento, maior a proporção de pessoas que consomem bebida alcoólica. O índice começa com 18,6% entre os sem rendimento, chega a 27,8% entre os que estão na faixa de mais de 1 a 2 salários e dispara entre os que ganham mais de 5 salários: 49%.

    Para Gustavo Geaquinto Fontes, analista do IBGE, tal padrão não se resume só ao preço dos produtos, afinal, há bebidas alcoólicas baratas. “O acesso ao consumo influencia, claro, mas não dá para cravar o quão determinante é. Tem a ver com estilo de vida de pessoas com maior renda também”, afirma.

    O consumo de bebida alcoólica, sinaliza a pesquisa, é um dos maiores fatores de risco para a população, sendo considerado uma das principais causas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), bem como dos acidentes e violências.

    Sedentarismo

    O estudo também mostrou que na população adulta, a partir dos 18 anos, 40,3% foram classificados como insuficientemente ativos, ou seja, não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana considerando lazer, trabalho e deslocamento para o trabalho.

    Segundo o estudo, 40,3% da população adulta foi considerada sedentária. Foto: Divulgação.

    No Brasil, 47,5% das mulheres eram pouco ativas em 2019. Já os homens apresentaram uma taxa de 32,1%. Mais da metade (59,7%) das pessoas de 60 anos ou mais de idade era insuficientemente ativa, e o grupo de idade menos sedentário foi o de 18 a 24 anos de idade (32,8%), seguido do grupo de 25 a 39 anos (32,9%).

    Na PNS 2019, 34,2% dos homens com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer, enquanto para as mulheres este percentual foi de 26,4%. No mesmo período, a média brasileira foi de 30,1%. Em 2013, esta média foi de 22,7%, enquanto os percentuais de homens e mulheres foram de 27,3% e 18,6%, respectivamente.

    São considerados indivíduos fisicamente ativos no lazer aqueles que realizam qualquer prática de atividade física fora do âmbito da escola ou trabalho, por exemplo, por mais de 150 minutos para as consideradas moderadas ou 75 minutos para as classificadas como vigorosas na semana. São exemplos de atividades físicas moderadas: caminhada, musculação, hidroginástica. Já corrida, basquete, futebol, ginástica aeróbica e tênis são tidos como atividades vigorosas.

    No âmbito doméstico, estimou-se que 15,8% dos adultos praticavam atividade física por no mínimo 150 minutos semanais, tais como faxina pesada ou atividades que requerem esforço físico intenso. Este indicador mostrou-se fortemente concentrado no público feminino, no qual 21,8% praticavam 150 minutos de atividade física nas tarefas domésticas, enquanto no público masculino foi de 9,1%.

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