Logo Enfoco


    Brasil & Mundo

    Corpo de Bombeiros acusado de fraudes

    Publicado 12/09/2017 às 12:38 | Autor: Redação
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News

    Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem hoje (12) 38 mandados de prisão preventiva contra acusados de fraudes na inspeção de estabelecimentos comerciais pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança, os bombeiros recebiam propina para liberar o funcionamento desses locais.

    Os bombeiros precisam inspecionar e liberar o funcionamento dos estabelecimentos, depois de avaliar os riscos de incêndio e acidentes. Mas, segundo a secretaria, os acusados usavam seus cargos dentro da corporação para negociar propina com os empresários e liberar o funcionamento, mesmo que o local não cumprisse os requisitos de segurança.

    Entre os empreendimentos liberados para funcionar mesmo sem o cumprimento dos requisitos, estão locais de diversões que reúnem grande público, inclusive um estádio de futebol. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, quartéis do Corpo de Bombeiros e sedes de empresas.

    O esquema de corrupção funcionava no setor de engenharia de diversos grupamentos militares, principalmente nos quartéis de Nova Iguaçu (4º GBM) e de Duque de Caxias (14º GBM) e no Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP).

    Entre os mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão dois assessores especiais do comandante-geral do CBMERJ, dos comandantes da Baixada Fluminense, de Nova Iguaçu, do Irajá, (ex-comandante de Duque de Caxias), GOPP, de Copacabana, Campinho, Jacarepaguá, do Destacamento de Paracambi e de sete coronéis da reserva.

    A Polícia Civil e o Ministério Público já identificaram pelo menos 20 empresas que pagaram para obter os alvarás sem respeito aos prazos e procedimentos devidos. Um dos áudios interceptados traz informações sobre a liberação do estádio do América, que fica em Mesquita, na Baixada Fluminense, para realização de diversas partidas do Fluminense, ao longo do ano passado. Cada documento pode ter custado até R$ 30 mil.

    As investigações mostram ainda que os bombeiros vistoriavam e notificavam as empresas, justamente para, depois, negociar a liberação dos alvarás sem os devidos cumprimento legais. Todos os acusados foram denunciados por associação criminosa, e os bombeiros foram afastados de seus cargos na corporação.

    Nota oficial emitida pela assessoria de imprensa da corporação:

    NOTA OFICIAL

    "O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informa que acompanha, desde o início da manhã, a operação do Ministério Público. A corporação está colaborando com as investigações".

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Carro roubado é encontrado dentro de lava jato em São Gonçalo

    Próximo artigo
    >

    Deputados voltam a discutir propostas da reforma política

    Relacionados em Brasil & Mundo