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Corpos de jovens mortos em Itaipuaçu são sepultados
Foram sepultados na tarde desta segunda-feira (26), no cemitério Municipal de Maricá, os corpos de três dos cinco jovens assassinados na madrugada deste domingo (25) dentro do Condomínio Carlos Marighella, popularmente conhecido como Minha Casa, Minha Vida, no distrito de Itaipuaçu, em Maricá. Sávio de Oliveira, 20 anos e os adolescentes Patrick da Silva Diniz e Marcus Jonathas da Silva Oliveira, foram enterrados por volta das 16h30. Dor e comoção marcaram os cortejos.
Cerca de 250 pessoas, entre parentes, vizinhos e amigos das vítimas estiveram presentes no cemitério que é localizado no centro de Maricá. Algumas pessoas passaram mal e foram atendidas por paramédicos da Prefeitura.
Após os sepultamentos cerca de 50 pessoas fizeram uma manifestação na Praça da Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo para pedir justiça.
"Nosso único sonho era o de levar a arte através da dança. Nunca fizemos nada contra ninguém. Dentro daqueles caixões poderia ser qualquer um de nós, que hoje chora por essas mortes. Foi uma covardia sem tamanho", desabafou um dos amigos dos jovens.
Em nota, a prefeitura de Maricá informou que alguns jovens faziam de um projeto estruturado pelas secretarias de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher e da Cultura.
"A Prefeitura de Maricá informa que os jovens Sávio de Oliveira Vitipó, Matheus Bittencourt da Silva e Marco Jonathan da Silva Oliveira faziam parte da Roda de Rima.
Ressaltamos que além de custear os funerais, a Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social, destacou três psicólogos (especializados em trauma) e três assistentes sociais para dar apoio psicológico às famílias. Todas passarão a ser acompanhadas por equipes do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). A Prefeitura decretou luto oficial de três dias, está acompanhando as investigações e cobrará providências para que o caso será esclarecido rapidamente pelas autoridades policiais".
Ainda segundo a prefeitura de Maricá, os outros dois jovens assassinados foram sepultados em Magé e no Rio de Janeiro.
O caso
O Condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu, Maricá, voltou a ganhar as páginas dos principais jornais da região na manhã deste domingo (25), depois que cinco jovens entre 17 e 19 anos, foram vítimas de uma chacina que assustou toda a população do município. O condomínio do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ já havia sido atingido por um forte temporal em junho do ano passado, quando as chuvas deixaram dezenas de pessoas desabrigadas.
Vários moradores contaram histórias diferentes à polícia. Alguns afirmaram terem visto um homem se aproximar de moto da área de convivência do condomínio, por volta das 5 horas da manhã, realizando os disparam que atingiram os rapazes. Em outro depoimento, a polícia ouviu a versão de um veículo com homens armados chegando ao local.
Os jovens faziam parte de um projeto social que recebia o apoio da secretaria municipal de direitos Humanos e Participação Popular. O prefeito Fabiano Horta disse que o município dará atenção total ao caso e acompanhamento às famílias das vítimas. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
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