Espera
Daniel Alves completa um mês preso e aguarda liberdade provisória
Jogador é acusado de estupro em boate na Espanha
O lateral-direito Daniel Alves completa, nesta segunda-feira (20), um mês na prisão na Espanha. Ele é acusado de estuprar uma jovem de 23 anos, dentro de uma boate em Barcelona. O caso ocorreu em dezembro de 2022. Daniel foi detido sem direito à fiança no dia 20 de janeiro e, desde então, ele luta para responder ao processo em liberdade.
Alves está preso no Complexo de Brians II, onde espera uma decisão da Justiça para seus pedidos. É aguardado que o Tribunal de Barcelona responda no começo desta semana as solicitações feitas pela defesa do jogador, visando uma concessão de liberdade provisória para Daniel Alves. A imprensa espanhola informa que a resposta será anunciada nesta terça-feira (21).
A defesa do jogador, de acordo com alguns veículos espanhóis, propôs que o atleta tenha seu passaporte retirado ou até mesmo use uma pulseira de geolocalização para que, desta forma, a Justiça o deixe sair da cadeia. Já a acusação afirma que a condição financeira do jogador vai facilitar uma fuga da Espanha para o Brasil, que não tem acordo de extradição com o país europeu. Com isso, a Justiça continua analisando os argumentos para conseguir tomar uma decisão.
Em uma entrevista à "Folha de São Paulo", o advogado de defesa do atleta, Cristóbal Martell Pérez-Alcade, afirmou que o caso envolvendo Robinho com a Justiça italiana vem criando uma dificuldade no pedido de liberdade para Daniel Alves. Robinho foi condenado na Itália em 2013, por estupro, no entanto vive em liberdade no Brasil.
"Robinho não nos ajuda. O Brasil, como tantos outros países, também a Espanha, não entrega seus cidadãos. Além disso, o faz por um imperativo constitucional. O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil proíbe a entrega de nacionais por crimes dessa natureza. Eu não conheço o caso de Robinho bem o suficiente. Não quero me pronunciar, nem posso, nem devo. Mas, de fato, o fato de a Itália, até hoje, não ter tido sucesso no cumprimento da sentença de Robinho não ajuda a liberdade provisória de Daniel Alves. Mas isso não pode ser um argumento definitivo. Isso não significa um espaço de impunidade", argumentou o advogado à Folha.
Em uma audiência, que aconteceu no último dia 9, com portas fechadas, o Tribunal de Barcelona analisou o pedido de liberdade, quando o advogado do jogador afirmou, pela primeira vez, que ocorreu "penetração vaginal", no entanto o sexo foi "consensual". Ele ainda destacou que a vítima não apresentou lesões vaginais compatíveis com estupro, questionando assim a versão da vítima.
O Ministério Público lembrou que os exames biológicos feitos na confirmaram os restos de sêmen encontrados na região genital da jovem, correspondentes com o DNA de Daniel Alves.
Ester García, advogada da vítima, confirmou aos jornalistas durante a saída da audiência que “a liberdade provisória a Daniel Alves seria um ataque à integridade psicológica".
Segundo a revista "A Semana", Daniel Alves teria dito a sua esposa Joana Sanz, em uma ligação, dado uma quarta versão do caso. Ele alegou que estaria bêbado e que não se lembrava de nada do que aconteceu na noite do dia 30 de dezembro.
Anteriormente, o jogador negou qualquer tipo de abuso, afirmando que estava apenas dançando na boate e que não conhecia a mulher. Após seu primeiro depoimento à Justiça, Daniel Alves disse que estava no banheiro quando a mulher entrou, mas informou que não teve nenhum contato com ela e, por fim, ele admitiu ter tido relação sexual, porém consensual.
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