Investigação
Dom e Bruno: vestígios de sangue não são de desaparecidos, diz PF
PF investiga cinco suspeitos
A Polícia Federal descartou que sejam do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips os vestígios de sangue encontrados no barco do homem conhecido como 'Pelado'. Ele é o principal suspeito pelo desaparecimento das vítimas no Amazonas e já está preso.
A possibilidade foi excluída de acordo com a perícia realizada no Instituto Nacional de Criminalística nesta quinta-feira (16).
Exames indicaram que amostra não é de Dom e foi inconclusiva para determinar se era de Bruno. Vísceras encontradas em rio não tinham DNA humano. As informações são do portal G1.
Buscas
O comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal do Amazonas, que atua nas buscas informou na noite desta quinta-feira (16) que a embarcação que estava sendo utilizada por Bruno e Dom ainda não foi encontrada.
Em comunicado à imprensa, o comitê afirma que a embarcação não foi localizada “apesar de exaustivas buscas realizadas nesta data no perímetro apontado por Amarildo da Costa Oliveira, vulgo ‘Pelado’”.
Segundo a nota, das amostras coletadas no barco do suspeito foi obtido um perfil genético completo, de indivíduo do sexo masculino.
“Confrontando-o com os perfis genéticos de referência dos desaparecidos, o Instituto Nacional de Criminalística excluiu a possibilidade desse vestígio ser proveniente de Dom Phillips. A possibilidade de ser originada de Bruno restou inconclusiva, sendo necessária a realização de exames complementares”, afirma o documento.
O avião da Polícia Federal que transportou os remanescentes humanos encontrados durante as buscas pousou, por volta das 18h30, no Aeroporto de Brasília. O material foi levado para o Instituto Nacional de Criminalística, onde já começou a ser periciado para confirmação da identidade. A previsão da PF é que a perícia seja concluída na próxima semana.
Cinco suspeitos
A PF agora investiga cinco suspeitos pelo crime. De acordo com informações, seriam três suspeitos de envolvimento direto na morte; um suposto envolvido na tentativa de ocultar os restos mortais e um possível mandante.
Já estão presos dois acusados: Amarildo da Costa, conhecido como 'Pelado'. E o irmão dele, Oseney da Costa, chamado de 'Dos Santos'.
O caso
O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil estavam desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.
De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.
Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.
Com Agência Brasil
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