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Estudantes de Niterói criam aplicativo e ganham R$130 mil
Um grupo de 30 estudantes do Colégio Estadual Guilherme Briggs, no centro de Niterói, desenvolveu um projeto que mostra um mapa digital para ajudar alunos novos e visitantes a conhecerem as instalações da unidade. O aplicativo, batizado de Mapola, ganhou o primeiro lugar do Prêmio Itaú-Unicef e rendeu R$130 mil como prêmio.
O mapa digital teve que esperar nove meses e passar por várias etapas, concorrendo com outras três mil ongs e escolas públicas de todo o país. O Colégio Estadual Guilherme Briggs ganhou na categoria Médio Porte. A premiação é um incentivo para dar continuidade ao Projeto ‘Olho Vivo’, que capacita estudantes em áreas que envolvem tecnologias de informação e comunicação.
A aluna Vitoria Alves, 17 anos, que participou da proposta, explica que foram seis meses de trabalho discutindo e construindo o conteúdo, a parte técnica e o design para dar vida ao Mapola. “Ideias não faltaram, mas como a nossa escola é muito grande, com dois prédios e 48 salas em cerca de 4 mil metros quadrados, pensamos que um mapa digital poderia ajudar muito no nosso deslocamento” diz, orgulhosa.
Além do mapa, o software ganhou uma agenda para destacar e organizar os eventos escolares e um espaço para a troca de informações. Para produzi-lo foi necessário pesquisar a história da escola, mapear todos os espaços, ouvir alunos e professores.
“Descobrimos tudo que envolve um aplicativo. Não é só pegar o celular, baixar e pronto. Além da criação, tem todo um trabalho de manutenção, inclusive, para atualizar os dados – esclarece a estudante.
Paula Latgé, coordenadora do projeto, explica que a ideia do trabalho é abrir mais uma possibilidade para os alunos que pensam em trabalhar na área tecnológica. “Eles são apresentados a várias técnicas dessa área. Além disso, o trabalho ajuda a pensar o processo pedagógico, pois tem interface com várias disciplinas. Quando estudam o código binário, pensam a Matemática; quando pesquisam, interagem com a História; quando redigem o conteúdo, desenvolvem Redação e Língua Portuguesa. No próximo ano, a ideia é ampliar o projeto com uma oficina de fotografia”, destaca.
O projeto trouxe uma nova visão do mundo digital. Os alunos aprenderam que o computador não é só o facebook e que podem começar um trabalho que vire fonte de renda.
A diretora da escola, Alcinéa Rodrigues da Silva, é só elogios à turma “Queríamos muito conquistar a final nacional, mas sabíamos do trabalho competente dos outros finalistas. Por isso, a vitória foi emocionante. Estamos muito orgulhosos dos nossos estudantes” conclui. A meta agora é acrescentar novas funcionalidades ao Mapola e criar parcerias para levar o aplicativo para outras unidades de ensino.
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