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    Estudo aponta que poluição de plástico em oceanos pode triplicar até 2040

    Publicado 24/07/2020 às 9:52 | Autor: Plantão Enfoco
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    Pesquisa oferece soluções para reduzir poluição em mais de 80%. Foto: Martine Perret/ONU Meio Ambiente

    A quantidade de resíduo plástico fluindo para os oceanos e matando a vida marinha pode triplicar nos próximos 20 anos, a menos que empresas e governos consigam diminuir drasticamente a poluição provocada pelo produto, mostrou estudo publicado nessa quinta-feira (23).

    O consumo de plástico descartável aumentou durante a pandemia do novo coronavírus, de acordo com a organização não governamental (ONG) Associação Internacional de Resíduos Sólidos. Máscaras e luvas de látex estão indo parar em praias remotas da Ásia todos os dias. Aterros sanitários de todo o mundo estão recebendo quantidades recordes de embalagens de comida e de outros tipos de produtos entregues em domicílio.

    A nova pesquisa, produzida por cientistas e especialistas da indústria para o The Pew Charitable Trusts e a Systemiq, oferece soluções que poderiam cortar em mais de 80% o volume projetado de plástico nos oceanos.

    O roteiro para conter a crise desenfreada de resíduo plástico lançado nos oceanos é um dos mais detalhados já apresentados em estudo. No entanto, se nenhuma ação for tomada, a quantidade de plástico seguindo para os mares a cada ano aumentará de 11 milhões de toneladas para 29 milhões, deixando um acúmulo de 600 milhões de toneladas à deriva nos oceanos até 2040 - peso equivalente a três milhões de baleias-azuis, segundo o estudo publicado no periódico científico Science.

    "A poluição plástica é algo que afeta a todos. Não é algo do tipo 'o problema é seu, não meu'. Não é problema de um país. É problema de todos", disse Winnie Lau, gerente-sênior do Pew e coautora do estudo. "Vai piorar se não fizermos nada", conclui.

    A quantidade de resíduo plástico produzido anualmente vem aumentando rapidamente desde 1950. Em 2017, ela estava em 348 milhões de toneladas, e deve voltar a dobrar até 2040, estima o documento.

    Agência Brasil

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