Golpes
Ex-BBB é condenado a mais de 11 anos de prisão por estelionato
Decisão foi do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

O ex-BBB e humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (10), a 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado por estelionato. Além dele, seu sócio, Anderson Bonetti, também recebeu a mesma condenação.
De acordo com a decisão, os dois vendiam televisões, smartphones e aparelhos de ar-condicionado, através da loja virtual "Tadizuera", com preços abaixo do valor de mercado. No entanto, eles não cumpriam com as condições e os clientes não recebiam os itens cobrados e também não conseguiam o estorno dos valores pagos.
Segundo a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, o crime se enquadra como um "verdadeiro esquema meticulosamente organizado para ludibriar um grande público, auferindo vantagem financeira expressiva, e de lesividade social altíssima, pois focado em pessoas de condição financeira não elevada, em comércio de bens de consumo necessários e que se valeu da credibilidade inconteste de que um dos réus ostentava para retardar a percepção geral de que se tratava de um crime".
Nego Di e Anderson foram presos em julho de 2024. O humorista obteve habeas corpus em novembro do ano passado e permanece em liberdade, cumprindo medidas cautelares, estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre elas a de não acessar redes sociais. Já Anderson não poderá apelar em liberdade, seguindo em prisão preventiva.
Em nota, a defesa de Nego Di apontou parcialidade e desrespeito na condenação, além de afirmar que o humorista nunca foi sócio de Anderson Bonetti.
"Dilson nunca foi sócio de Anderson Bonetti, tampouco participou da gestão da plataforma. Sua imagem foi utilizada para promover o projeto, confiando nas informações e responsabilidades atribuídas à outra parte envolvida", afirmou a advogada Camila Kersch.
Prisão
No dia 14 de julho do ano passado, Nego Di foi preso por envolvimento em esquemas de estelionato e lavagem de dinheiro. A prisão ocorreu após investigações que revelaram fraudes em vendas online e rifas virtuais.
Na época, ele afirmou que tinha sido vítima de Anderson Boneti. Quatro meses depois, ele foi solto após conseguir um habeas corpus e permanece em liberdade, cumprindo medidas cautelares. Entre elas, não ter acesso a rede social além da exclusão imediata das publicações, exclusão imediata das publicações. Por outro lado, Anderson Boneti permanece preso.


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