Luta
Família de Juliana Marins aponta negligência e pede justiça
A família se pronunciou no Instagram após remoção do corpo

A família da publicitária niteroiense Juliana Marins, de 26 anos, usou as redes sociais nesta quarta-feira (25) para informar que irá buscar justiça pela morte da jovem e apontou negligência no seu resgate. Juliana morreu após cair de um penhasco durante uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21).
A página oficial que reunia informações sobre o desaparecimento de Juliana, administrada pela irmã Mariana Marins, fez a publicação após a remoção do corpo nesta quarta-feira (24).
Na mensagem, a família escreveu: "Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7 horas, Juliana estaria viva."
Além disso, a família revelou que continuará lutando por justiça e pediu para que todos que acompanharam a triste história não desistam de Juliana.
Juliana merecia muito mais! Agora, nós vamos atrás de justiça por ela, porque é isso que ela merece. Não desistam de Juliana!
As buscas por Juliana duraram quatro dias. As equipes de resgate enfrentaram dificuldades para acessar o local, condições meteorológicas adversas, falhas nos equipamentos (como cordas curtas para a operação) e informações desencontradas repassadas à família.
Família fala sobre resgate
A família de Juliana também relatou sobre o resgate nas redes sociais. Segundo eles, por volta das 14h45, a equipe de rapel conseguiu concluir o isolamento da maca que transportava o corpo da jovem até o topo.
"Às 15h, começou o deslocamento da maca com Juliana até a entrada do parque (com perspectiva de duração do trajeto: 8 horas)."
Três equipes participaram da missão, incluindo dois integrantes do chamado esquadrão Rinjani, especializados em resgates em áreas de difícil acesso.
De acordo com informações do governo da Indonésia, o corpo de Juliana Marins foi encontrado por um voluntário, Hafiz Hasadi, que conseguiu alcançar aproximadamente 600 metros de profundidade. A vítima já estava sem vida no momento em que foi localizada
Após quase 15 horas de trabalho, os agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia entregaram o corpo de Juliana Marins a um hospital em Sembalun, cidade mais próxima ao Monte Rinjani. A informação foi confirmada pelo Parque Nacional do Monte Rinjani. Um montanhista que participou da operação registrou em vídeo parte do percurso realizado durante o resgate.
Segundo o chefe da Basarnas, marechal do ar Muhammad Syafi’i, Juliana foi encontrada cerca de 600 metros abaixo da trilha. O mau tempo impediu o uso de helicópteros na operação, e a solução foi instalar vários pontos de ancoragem na pedra.
"Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficará a cargo das autoridades e da família," afirmou Syafi’i a uma televisão indonésia.
Parque lamenta morte
A administração do Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, expressou suas condolências à família de Juliana Marins na manhã desta quarta-feira.
Em uma publicação nas redes sociais, o parque afirmou: “Toda a família do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani expressa suas mais profundas condolências pela morte de Juliana De Souza Pereira Marins, uma alpinista brasileira que faleceu durante a trilha na área do Parque Nacional do Monte Rinjani."
Rinjani compartilha nossas condolências, pois a natureza que ela amava testemunhou seus últimos passos
A mensagem continua: "Expressamos nossas mais profundas condolências à família, amigos e colegas da vítima. Que eles recebam força e coragem para enfrentar este desastre.", finalizou.



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