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    Investigação

    Fim do mistério sobre Virgem Maria que chorava sangue

    A estátua atraía diversos peregrinos desde 2016

    Publicado 23/02/2025 às 14:03 | Autor: Enfoco
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    O líquido vermelho era é humano e tem origem natural
    O líquido vermelho era é humano e tem origem natural |  Foto: Reprodução/ Redes Sociais

    O mistério sobre uma possível estátua da Virgem Maria chorando sangue, que atrai peregrinos desde 2016 à localidade italiana de Trevignano, terminou chocando diversos fiéis. Na verdade, os resultados coincidem com o material genético da própria dona da imagem, a autoproclamada vidente Gisella Cardia, que organizava as peregrinações.

    A análise feita pela Universidade de Roma Tor Vergata revelou que o líquido vermelho na estátua da Virgem de Trevignano é humano e tem origem natural, descartando hipóteses anteriores de que seria sangue de porco ou tinta.

    Desde 2016, Gisella Cardia alegava testemunhar aparições de Maria e Jesus em Trevignano, região situada ao noroeste de Roma. Ela organizava encontros regulares com seus seguidores, nos quais aconteciam orações públicas. Durante essas reuniões, a imagem de Nossa Senhora, segundo Cardia, chorava lágrimas de sangue, sendo apresentada como um fenômeno sobrenatural por ela mesma.

    No entanto, o culto em Trevignano tornou-se excessivamente controverso para a Igreja Católica. Após uma investigação, em março de 2024, o bispo responsável pela área proibiu quaisquer eventos religiosos, tanto públicos quanto privados, no local das alegadas aparições, incluindo missas, encontros de oração, peregrinações e outras atividades que pudessem sugerir um possível reconhecimento eclesiástico. O Vaticano também se posicionou, declarando que o fenômeno das lágrimas de sangue não era considerado um milagre.

    Investigação 

    A investigação está sendo conduzida pelo geneticista forense Emiliano Giardina, com os resultados oficiais previstos para serem entregues aos investigadores até 28 de fevereiro.

    Enquanto isso, a vidente se encontra sob a mira da Justiça. De acordo com a imprensa italiana, ela está sendo acusada de fraude e enriquecimento ilícito por peregrinos, que, entre outras exigências, demandam a devolução das doações feitas. O teste de DNA foi realizado como parte de investigações fiscais contra ela.

    A defesa de Cardia, representada pela advogada Solange Marchignoli, sustenta que o DNA encontrado pode corresponder a um perfil misto, já que sua cliente teria "tocado a estátua, beijado e manipulado", alegando que é necessário aguardar os resultados oficiais antes de tirar conclusões definitivas.

    Enquanto isso, alguns fiéis continuam a acreditar na teoria do milagre, questionando: por que um teste genético seria uma evidência de fraude? Afinal, quem pode afirmar como é o DNA da Virgem Maria?

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