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    Geração 'nem-nem' dispara no Brasil: um alerta para as famílias

    Veja no artigo de Karine Pierre

    Publicado 04/11/2022 às 20:37 | Autor: Enfoco
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    Cresce o número de jovens que nem estudam e nem trabalham
    Cresce o número de jovens que nem estudam e nem trabalham |  Foto: Divulgação

    O Brasil, de acordo com a OCDE (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico), possui maior extensão de jovens, entre 18 e 24 anos, que não estudam e nem trabalham.

    36% dos jovens brasileiros nem estudam e nem trabalham, que são os jovens inativos considerados perdidos, sem perspectiva de iniciação no mercado de trabalho.

    Esse movimento silencioso está tomando a juventude do mundo todo, em especial o Brasil, que detém uma economia em desenvolvimento, decorrente de ausência de políticas públicas, econômicas e sociais, que combatam mais ativamente essa parcela da população.

    Despreparo

    O mercado de trabalho está em evolução constante e a falta de direcionamento juvenil potencializa esse cenário. Os jovens tem dificuldade socioemocionais e estão despreparados para esse mercado cada vez mais exigente.

    Ficam invisíveis, desqualificados, descomprometidos, porque não conseguem acompanhar as exigências do mundo corporativo e adiam a capacitação, por até mesmo não saberem por onde começar. Esse despreparo é tanto emocional quanto educacional. Indiretamente as famílias acabam acolhendo essa sustentação e prejudicam o desenvolvimento para enfrentar esse movimento, causando não só prejuízo para sua carreira, mas para a economia do país.

    Podemos dizer que as famílias mais privilegiadas conseguem minimizar esse estrago, pois financiam esse apoio e contudo, as classes que não tem esse suporte, acabam por um futuro mais comprometido.

    Preço alto

    Todos esses fatores que comprometem essa trilha de carreira como: não estuda, não procura emprego, não consegue emprego, sem estrutura, sem oportunidade, se juntam ao que tem de mais disponível no mundo ilícito como criminalidade, oferta de dinheiro fácil por um 'preço alto', decorrente de falta de estrutura familiar e política social que contribuam para um futuro profissional promissor, assim como resultam, numa gravidez indesejada, saúde mental comprometida, envolvimento com drogas e alcoolismo.

    A atração dos jovens para o mercado de trabalho é um caso de falta de política pública, da necessidade de investimento na educação e programas mais efetivos, que garantam essa capacitação em massa, para que de igual para igual, sejam competitivos em relação a concorrência.   

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