O início dos bombardeios em Donbass, no leste da Ucrânia, foi autorizado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, nas primeiras horas desta quinta-feira (24).
O Exército ucraniano disse ter abatido, até a madrugada, no horário local, cinco aviões russos e um helicóptero, segundo as agências Reuters e AFP.
Agências de notícias estatais garantem que os ataques da Rússia teriam como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.
O Ministério russo da Defesa está usando "armas de alta precisão" para inutilizar a "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia", afirma a agência de notícias estatal russa Tass.
Putin justificou a operação militar, afirmando que se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Luhansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira (21).
Fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, foram registradas horas depois do anúncio sobre o início de operação militar no país.
Jornalistas locais relatam que pelo menos duas explosões foram ouvidas, de madrugada (horário local), no centro de Kiev, tendo sido seguidas pelas sirenes de ambulâncias.
Mariupol, no Leste da Ucrânia, é a maior cidade na fronteira com as autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Luhansk.
A cidade portuária teria sido atingida por bombardeios de artilharia, conta a AFP.
Pelo menos quatro explosões também foram ouvidas mais perto da fronteira, na cidade de Kramatorsk, quartel-general do Exército ucraniano.
Também a cidade de Kharkiv, no Leste da Ucrânia, e o Porto de Odessa, no Mar Negro, Sul do país, registraram explosões.
A Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo para a aviação civil.
Em comunicado, o ministério ucraniano das Infraestruturas justificou a decisão alegando "elevado risco para a segurança" do setor.
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