Disputa

Guerra de gangues: Suécia enfrenta onda de violência e choca país

Onze pessoas já morreram no mês de setembro

Onda de violência chocou a população
Onda de violência chocou a população |  Foto: Divulgação/Pixabay
  

Conhecida tradicionalmente pela segurança e tranquilidade, a Suécia vem enfrentando uma onda de violênica por parte de gangues criminosas nas últimas semanas. Para isso, o governo anunciou que vai reforçar a segurança no país e prometeu uma retórica linha dura para acabar com o crime organizado.

"A Suécia nunca viu nada assim antes. Nenhum outro país da Europa está passando por isso nesta magnitude. Nós vamos caçar as gangues e vamos derrotá-las”, afirmou o primeiro-ministro do país, Ulf Kristersson durante uma transmissão ao vivo.

Na noite de quarta-feira (27), três pessoas foram mortas em ataques separados com suspeitas de ligações com disputas de gangues criminosas. Os ataques tem acontecido principalmente em bairros que alojam adolescentes ou jovens imigrantes socialmente desfavorecidos. Até o momento, onze pessoas já morreram no mês de setembro, sendo o mês com mais vítimas em quatro anos.

A gangue é conhecida por cooptar menores de idade e tem uma ligação forte com diversas comunidades de imigrantes que vivem na Suécia. O líder da organização é Rawa Majid, conhecido como raposa curda. Majid vive na Turquia e é procurado pelas autoridades suecas, acusado de trafico de drogas e assassinato. Contudo, as autoridades turcas se recusam a extraditar Majid.

Devido aos recentes ataques, o primeiro-ministro convocou o chefe das forças armadas para discutir como os militares da Suécia podem ajudar a polícia a lidar com uma onda de crimes sem precedentes. Envolver os militares no combate ao crime seria uma medida nova para o governo sueco, sublinhando a gravidade do problema.

Kristersson também apontou que se reuniria com representantes das forças armadas e da polícia sueca nesta sexta-feira, 29, para explorar "como as forças armadas podem ajudar a polícia no seu trabalho contra as gangues criminosas". Não ficou claro como os militares iriam se envolver, mas o governo deve propor que o exército assumisse funções da polícia.

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