Irã e Israel trocam novos ataques com mísseis; veja vídeos

O Irã lançou uma série de mísseis contra Israel na noite deste domingo (15), em meio à escalada das hostilidades entre os dois países. O conflito entrou no quarto dia, com o aumento no número de vítimas e intensos apelos da comunidade internacional por uma solução diplomática. Até o momento, 224 pessoas morreram, incluindo crianças.

O fim de semana foi marcado por ataques de longo alcance, ofensivas em plena luz do dia e um elevado número de mortes. A crescente tensão no Oriente Médio tem preocupado líderes globais e intensificado os conflitos entre as potências da região.

Durante a noite, o Irã realizou mais um ataque com mísseis contra a região central de Israel, acionando sirenes de alerta e os sistemas de defesa aérea em diversas partes do país, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.

Explosões foram registradas nas proximidades de uma refinaria de petróleo em Haifa, cidade litorânea, e diversos edifícios residenciais também foram atingidos.

A ofensiva iraniana causou ainda danos à rede elétrica na região central de Israel. Segundo a mídia estatal iraniana, "centenas" de mísseis foram disparados com o objetivo de atingir áreas residenciais e infraestrutura crítica no território israelense.

Na manhã desta segunda-feira (16), o clima era de tensão entre os israelenses, que avaliavam os danos provocados pelos ataques. Equipes de resgate vasculhavam os escombros enquanto moradores se consolavam nas ruas. Imagens de Tel Aviv mostravam ruas cobertas por destroços, vitrines destruídas e sérios danos a edifícios e veículos.

Ao menos oito pessoas morreram em Israel durante os ataques noturnos, elevando para 24 o número total de vítimas fatais no país desde o início dos confrontos. No Irã, pelo menos 224 pessoas morreram — incluindo crianças — e outras 1.277 ficaram feridas, a maioria civis, segundo autoridades locais e a imprensa estatal.

Um único ataque em Teerã, no sábado (14), deixou 60 mortos, metade deles crianças.

A ofensiva israelense continua e deve se intensificar nos próximos dias. Autoridades informaram que ainda há “uma longa lista de alvos” a serem atingidos em território iraniano. Apesar disso, há movimentações diplomáticas em curso em busca de um possível cessar-fogo.

Início dos ataques

Na madrugada desta sexta-feira (13), o mundo foi surpreendido pelos ataques de Israel contra instalações nucleares no Irã. A ofensiva deixou milhões de pessoas em alerta e gerou preocupação em diversas nações. Apesar de não ter participado diretamente da ação, os Estados Unidos — maior potência mundial e aliado histórico de Israel — passaram a ser considerados como possível alvo de retaliação.

De acordo com as primeiras informações, os ataques atingiram áreas civis e instalações nucleares, resultando em destruição e vítimas. Em resposta, o governo iraniano declarou que irá retaliar a ação militar.

Prefeitos de cidades do Rio em bunkers

O prefeito de Nova Friburgo, Jonny Maycon (PL), que está em missão oficial em Israel, viveu momentos de apreensão durante a madrugada. Ele relatou, por meio das redes sociais, que precisou se abrigar em um bunker na cidade de Kfar Saba.

Após o primeiro alerta de segurança, o grupo chegou a deixar o abrigo, mas foi obrigado a retornar cerca de 40 minutos depois. Jonny Maycon descreveu a experiência como assustadora, afirmando nunca ter passado por situação semelhante.

Outro brasileiro que também enfrentou momentos de tensão foi o secretário de Ordem e Segurança Pública de Niterói, Gilson Chagas, igualmente em missão oficial em Israel. Com o agravamento do conflito, ele foi surpreendido por alarmes de ataque aéreo e precisou procurar abrigo em instalações de segurança durante a madrugada.

Segundo o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), a situação na região levou ao cancelamento de voos por, pelo menos, três dias — o que adiou o retorno da comitiva brasileira, inicialmente previsto para esta semana.