Edson Gabriel Dornelas, de 18 anos, que alegou contrangimento e falta de atendimento adequado durante a realização da prova do Enem no último domingo (13) receberá a oportunidade de refazer a prova. O anúncio foi feito pelo próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quarta-feira (16).
“A autarquia tomou conhecimento sobre as questões alusivas à execução da aplicação e apurou que houve falha da aplicadora contratada na condução do atendimento especializado. Em função disso, todas as medidas necessárias para resguardar os direitos do participante foram tomadas”, disse o Instituto.
O jovem tem baixa visão, deficiência intelectual e comprometimento motor fino. Por conta disso, ele precisaria de uma acompanhante para realizar a prova. A demanda de acompanhamento constava em seu cartão de confirmação.
A situação não foi resolvida com facilidade. Sua mãe, Kleyne Cristina Dornelas, de 47 anos, precisou denunciar a situação para conseguir o reconhecimento do erro.
“Quando fomos buscá-lo, no final da prova, ele nos contou que tinha sido muito difícil e que ele conseguiu responder apenas 52 das 90 questões do exame. Foi então que ele relatou ter tido que ler todas as questões de língua estrangeira, pois a profissional que deveria fazer isso para ele disse que não sabia espanhol”, contou.
Revoltada com toda essa situação, Kleyne procurou a coordenação do Centro de Ensino Médio Setor Oeste para relatar o problema e também levou a denúncia para a ouvidoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT).
Em primeiro momento, a resposta havia sido apenas de que ele receberia o acompanhamento no segundo dia de provas, que acontecerá neste domingo (20).
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