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Justiça suspende Telegram no Brasil após app não colaborar com a PF

Aplicativo irá parar de funcionar ainda nesta quarta-feira

Aplicativo não entregou dados de um grupo de neonazistas
Aplicativo não entregou dados de um grupo de neonazistas |  Foto: Divulgação/Telegram

O Telegram, um aplicativo de mensagens, não entregou para a Polícia Federal (PF) os dados sobre grupos neonazistas compartilhados na plataforma que foram pedidos pela corporação. Desta forma, a Justiça determinou que todas as operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o aplicativo do ar nesta quarta-feira (26).

De acordo com a Diretoria de Inteligência da PF, as empresas de telefone como Vivo, Claro, Tim e Oi e as lojas de aplicativos da empresas Google e Apple, responsáveis pela Playstore e App Store, receberam um ofício para suspender o aplicativo na tarde desta quarta.

O Telegram entregou uma parte dos dados que foram pedidos pela PF na última sexta-feira (21), depois de pedir uma intervenção do judiciário. No entanto, a corporação deseja os contatos e dados dos integrantes e administradores dos grupos que possuíam conteúdo neonazista, e o Telegram não disponibiliza os números de telefone.

Além da determinação de suspensão do aplicativo, a Justiça ampliou a multa que anteriormente era de R$ 100 mil para R$ 1 milhão. Anteriormente a punição era por ter entregado os dados, agora é por se recusar a fornecer os dados.

De acordo com a Polícia Federal, o pedido de acesso para os dados dos grupos neonazistas foi emitido após a investigação sobre os ataques em uma escola em Aracruz, que deixou quatro pessoas mortas.

A polícia investigou e descobriu que o acusado do crime participava de grupos antissemitas no Telegram e, com isso, pediu que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para que pudesse apurar as conexões e se isso influenciou o ataque em Aracruz.

“Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, diz trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.

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