GLO
Lula anuncia uso das Forças Armadas em portos e aeroportos do Rio
Medidas são para combater o crime organizado no estado
O presidente Lula anunciou, na tarde desta quarta-feira (1º), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, medidas rigorosas para combater o crime organizado no Rio de Janeiro, que tem sido alvo frequente de confrontos entre traficantes e milicianos. Segundo Lula, um decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi assinado para reforçar os portos e aeroportos do Rio e de São Paulo, e terá duração até maio de 2024.
A medida vale para os portos de Itaguaí, Rio e Santos, e aeroportos de Galeão e Guarulhos (São Paulo). Com isso, militares das Forças Armadas, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército e Marinha atuarão nos locais.
"Esse decreto estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado. Por isso estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para os portos do Rio de Janeiro, Santos e Itaguaí e os aeroportos do Galeão e de Guarulhos", afirmou Lula.
O decreto foi assinado no Palácio do Planalto na companhia dos ministros Flávio Dino (Justiça), José Mucio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil).
Além disso, Lula afirmou também que irá investir nos planos de modernização tecnológica para ajudar a combater a atuação dos criminosos.
A Polícia Federal ampliará as ações de inteligência e as operações de prisões e apreensões de bens pertencentes às quadrilhas e milícias, principalmente no Rio de Janeiro"
Após os recentes casos de guerra entre traficantes e milicianos no Rio, principalmente com a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, criminosos atearam fogo em 35 ônibus e um trem na Zona Oeste da cidade, sendo o maior ataque já registrado no Estado.
Com isso, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), deu uma entrevista e pediu apoio federal para ajudar no combate ao crime organizado na cidade.
Em seguida, subiu ao palco o Ministro da Justiça, Flávio Dino, que explicou que considera a GLO a melhor solução para realizar um bom trabalho integrado com as Forças Armadas.
Ainda segundo Dino, os militares não atuarão dentro das favelas, e sim nas ruas e bairros. "Nós não vamos substituir polícias estaduais", enfatizou o ministro.
Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, acompanhou a coletiva e também subiu ao palco para explicar como as Forças Armadas serão usadas nos aeroportos do Galeão e de Guarulhos. Segundo Damasceno, os militares terão "poder de polícia" e fará vistorias rigorosas.
"Temos esse poder de polícia tanto na área de manobra de aeronaves, na questão de movimentação de bagagens e cargas, como também no saguão com uma operação policial extensiva", afirmou Marcelo Damasceno.
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