Segurança

Mercado Livre é notificado pelo Procon após vazamento de dados

Autarquia deu cinco dias para empresa se explicar

Em nota, a empresa informou que protocolos de segurança foram realizados.
Em nota, a empresa informou que protocolos de segurança foram realizados. |  Foto: Karina Cruz
 

Aproximadamente 300 mil usuários do Mercado Livre tiveram seus dados vazados na última segunda-feira (7) após a plataforma detectar que parte do código-fonte foi sujeito a um acesso não autorizado. O Procon do Rio notificou a empresa e estipulou o prazo de mais cinco dias para maiores esclarecimentos.

Em nota, a empresa informou que protocolos de segurança foram realizados e que medidas estão sendo tomadas. 

"Ativamos nossos protocolos de segurança e estamos tomando medidas rigorosas para evitar novos incidentes. Embora dados como nome, e-mail e telefone de aproximadamente 300.000 usuários (de quase 140 milhões de usuários ativos únicos) tenham sido acessados, não encontramos nenhuma evidência de que nossos sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que tenham sido obtidas senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartão de pagamento. Não houve, portanto, acesso às contas dos usuário", informaram.

De acordo com Procon do Rio, a empresa deve prestar esclarecimentos na sede do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, localizado à Rua Maia Lacerda, nº 167, 3º andar, Estácio, sobre o ocorrido.

Apesar do Mercado Livre confirmar o vazamento de dados e que ativou os "protocolos de segurança" e que está "realizando uma análise exaustiva", o Procon alega que a empresa ainda não prestou qualquer esclarecimento aos consumidores em geral.

"Considerando que a plataforma do Mercado Livre é visitada diariamente por milhares de pessoas e com objetivo de apurar eventual violação aos direitos dos consumidores,  o PROCON Carioca instaurou  averiguação preliminar e requisitou esclarecimentos", informa Leonardo Gomes, Gerente de Fiscalização do Instituto.

Dentre as questões a serem respondidas estão: por qual motivo os dados pessoais dos consumidores foram vazados? Quantos consumidores foram afetados pelo vazamento de dados? Quais dados dos consumidores sofreram acesso indevido? Quais medidas de segurança, técnicas e administrativas foram adotadas para proteger os dados pessoais dos consumidores? Os funcionários responsáveis pelo tratamento de dados dos consumidores receberam treinamento técnico sobre a Lei Geral de Proteção de Dados?

O Mercado Livre informou ainda que responderá ao Procon dentro do prazo estabelecido. 

< Tirar ou não tirar a máscara? Eis a questão. Especialistas divergem Morre homem que recebeu transplante de coração de porco <