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Ministério Público conclui 11 depoimentos sobre mortes no Jacarezinho

Imagem ilustrativa da imagem Ministério Público conclui 11 depoimentos sobre mortes no Jacarezinho
|  Foto: Foto: Vítor Soares
A todos os depoentes foi oferecido atendimento a cargo da Coordenadoria Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana. Foto: Vítor Soares

O Ministério Público do Rio, por meio da Força-Tarefa criada para atuar nas investigações que tenham por objeto a apuração das mortes e demais delitos ocorridos durante a operação deflagrada pela Polícia Civil, em 6 de maio, no Complexo de Comunidades do Jacarezinho, comunica que concluiu a tomada de 11 depoimentos de testemunhas, entre as quais se destacam pessoas que presenciaram a ação e a remoção dos corpos.

Os depoimentos foram vídeo-gravados e todas as pessoas solicitaram a preservação de suas imagens, permanecendo o registro de áudio. A todos os depoentes foi oferecido atendimento a cargo da Coordenadoria Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana em abordagem psicossocial, sendo que as testemunhas encaminhadas a partir da Defensoria Pública tiveram seus depoimentos acompanhados por representantes daquela Instituição.

Registros fotográficos e de vídeo encaminhados pela população já estão sendo analisados e compilados pela FT, assim como os boletins de atendimento médico das vítimas.

A FT requisitou ao Secretário de Estado de Polícia Civil múltiplas informações e imagens aéreas da operação. Nesta sexta-feira (21), a FT expediu ofícios requerendo ao Instituto Médico Legal (IML) a conclusão e envio dos laudos de necropsia, esquema de lesões, bem como o registro fotográfico de ferimentos, o que será cotejado com a análise técnica a cargo do perito independente do MPRJ.

Foi estabelecido um prazo de 10 dias para o envio de toda a documentação. Registra que as autopsias foram acompanhadas por um perito do MPRJ designado no dia do fato junto ao IML. Vestes das vítimas se encontram acauteladas no IML e serão enviadas a órgão externo à PCERJ para perícia técnico-científica.

Demais diligências em andamento permanecem sob sigilo por medida de preservação da sua própria eficácia.

Por fim, a FT ressalta que segue aberta ao contato com as entidades da sociedade civil organizada, bem como as Instituições do sistema de Justiça, objetivando identificar testemunhas e demais elementos hábeis a subsidiar convicção acerca da real dinâmica de cada evento sob apuração, tudo em atenção à missão constitucional do Ministério Público.

A equipe designada em regime de plantão no serviço de atendimento disponibilizado pelo MPRJ segue disponível para acolhimento de notícias e evidências relacionadas à operação. Quem quiser colaborar enviando denúncias, informações e registros audiovisuais que possam contribuir para a apuração dos fatos pode ser atendido pelo número (21) 2215-7003 – telefone e Whatsapp Business–, 24 horas por dia. As comunicações podem ser feitas sob o mais absoluto sigilo.

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