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    Morre Niède Guidon, pioneira da arqueologia no Brasil, aos 92 anos

    Ela foi responsável por revelar segredos do homem pré-histórico

    Publicado 04/06/2025 às 11:13 | Autor: Enfoco
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    A causa da morte ainda será informada pela equipe médica
    A causa da morte ainda será informada pela equipe médica |  Foto: Divulgação

    A arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon faleceu aos 92 anos na madrugada desta quarta-feira (4), em São Raimundo Nonato, Piauí. A informação foi confirmada por Marian Rodrigues, diretora do Parque Nacional da Serra da Capivara, que descreveu o falecimento como tranquilo, comparando-a a um passarinho que partiu em paz.

    A causa da morte ainda será informada pela equipe médica. Segundo Marian, um dos desejos manifestados por Niède era ser sepultada no jardim de sua residência, em São Raimundo Nonato, no Piauí.

    Niède também atuava como professora e pesquisadora. O velório está sendo realizado no Museu do Homem Americano, e o sepultamento está previsto para esta quinta-feira (5), às 9h, em uma cerimônia restrita a amigos mais próximos.

    O governador do Piauí, Rafael Fonteles, decretou luto oficial de três dias em razão do falecimento da arqueóloga.

    Além do Governo do Estado, a Prefeitura Municipal de Coronel José Dias — município onde está localizado o Parque Nacional da Serra da Capivara — também decretou luto oficial de três dias. Em nota, o Executivo municipal informou que os órgãos públicos e as escolas municipais permanecerão fechados nesta quarta-feira (4), em sinal de respeito.

    A Prefeitura de São Raimundo Nonato também aderiu à homenagem, decretando luto oficial por três dias. A medida reforça o reconhecimento do legado de Niède Guidon e o impacto de sua trajetória na preservação do patrimônio histórico e cultural da região.

    Quem foi a arqueóloga Niède

    Niède Guidon foi uma das mais importantes figuras da arqueologia brasileira, reconhecida por suas pesquisas pioneiras sobre o povoamento das Américas. Ela liderou escavações no Parque Nacional da Serra da Capivara, onde identificou mais de 700 sítios arqueológicos, incluindo 426 com pinturas rupestres, evidências de habitações humanas e artefatos que indicam presença humana na região há até 30 mil anos, desafiando teorias predominantes sobre a chegada do homem ao continente.

    Além de suas contribuições científicas, Niède Guidon fundou o Museu do Homem Americano e foi responsável pela criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Sua atuação também se estendeu à preservação ambiental e ao desenvolvimento social da região, promovendo educação e infraestrutura para as comunidades locais.

    Ao longo de sua carreira, recebeu diversas honrarias, incluindo o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia em 2024, concedido pelo CNPq e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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