Levantamento

Orgulho LGBT+: quase metade desconhece o que são pessoas trans

Estudo levantou com brasileiros principais questões sobre o tema

Levantamento apontou as percepções da sociedade sobre a comunidade
Levantamento apontou as percepções da sociedade sobre a comunidade |  Foto: Arquivo / Karina Cruz
  

Uma pesquisa realizada para o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado nesta quarta (28), revela que parte significativa da população desconhece ou não olha com empatia para essas pessoas.

O estudo mostrou que seis em cada dez brasileiros afirmaram ter um amigo/amiga ou parente homossexual, e 1/3 ter um amigo(a) ou parente transgênero. 45%

Levantamento apontou as percepções da sociedade sobre a comunidade e foi realizado entre maio e junho deste ano
  

Porém, 45% dos entrevistados informou que desconhece o que é uma pessoa transgênero. Além disso, quase 1/5 diz acreditar que a homossexualidade é uma doença. Entre esses, 40% acham que pode ser curada. Os dados são da pesquisa "Percepções sobre a comunidade LGBTQIA+", realizada pela iO Diversidade e o Instituto Locomotiva, e que ouviu 1.574 pessoas entre maio e junho deste ano. 

"O distanciamento e o desconhecimento contribuem para a triste constatação do quanto nosso país ainda é muito preconceituoso e violento com a comunidade LGBTQIA+ que sofre em diversas esferas da vida social, no trabalho, no local de estudo, na família e na rua", explica Rachel Rua, diretora executiva da iO Diversidade.

Investimento

O governo federal lançou nesta terça-feira (27) um conjunto de iniciativas para promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+. O anúncio ocorreu em cerimônia dedicada a marcar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a ser celebrado no dia 28 de junho, e realizada no Palácio do Planalto.

Uma das medidas é o pacto com “10 compromissos para proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+” firmado entre órgãos federais e empresas de aplicativos de transporte. O pacto prevê campos nos aplicativos para relatar atos de discriminação e protocolos de suporte a vítimas de LGBTfobia, além de campanhas contra conteúdos LGBTfóbicos, incitação à violência e ao discurso de ódio.

Outros lançamentos foram: cartilha com informações para enfrentar a violência contra mulheres LGBTs, selo dos Correios em homenagem ao “Orgulho LGBTQIA+”, edital do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para seleção de projeto e inclusão da comunidade trans e travesti no meio digital e chamamento para boas práticas de empregabilidade de pessoas LGBTQIA+.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, destacou a importância dessa comunidade participar do processo de recuperação do país. “Há populações no Brasil que precisam fazer parte do processo de reconstrução dos nossos valores. A população LGBTQIA+ é parte fundamental do Brasil. Se o país não entender isso, não seremos um país. O orgulho LGBTQIA+ é um orgulho nacional, brasileiro”.

Para o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência de República (Secom), Paulo Pimenta, é preciso fortalecer a união e compromisso de todos na defesa da população LGBTQIA+. “[As iniciativas são] uma forma concreta de promover os direitos das pessoas LGBTQIA+. Construir um país mais inclusivo é o desafio de todos nós”.

A programação prevê ainda a iluminação do Palácio do Planalto e outros prédios públicos da Esplanada com as cores da bandeira LGBTQIA+.

A cerimônia foi articulada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, além da participação de representantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Mulheres e da Cultura.

Com Agência Brasil 

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