Brasil & Mundo

Ovo fica mais caro e dificulta alternativas de consumo

Imagem ilustrativa da imagem Ovo fica mais caro e dificulta alternativas de consumo
Apesar da alta, ovo ainda é a opção de proteina mais barata para o consumidor. Foto: Ramon Cirillo

Nem mesmo o ovo de galinha escapou à disparada de preços dos alimentos. O alerta é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que na manhã desta quinta-feira (9) divulgou o Índice Nacional de Consumo ABRAS. A entidade faz o levantamento mensal dos preços e estudos de produtos que compõem a cesta básica. O índice comparou os meses de junho e julho de 2021 e também o acumulado do ano.

Por conta das altas nos preços de alimentos como carne e frango, o ovo também aumentou. Embora ainda continue sendo a opção mais barata para o consumidor, cada vez mais sem alternativas à mesa. A associação justifica que a alta é por conta do milho e derivados de soja, usados como ração para aves.

"Os próprios produtores vêm se diversificando nas produções. Eles usam muito o milho e isso acaba interferindo no preço final. Se analisarmos o consumo 10 anos atrás e agora, ele aumentou em cem ovos per capita, além de ser um produto completo na forma nutricional"

Marcio Milan, vice-presidente da Abras

Consumo

Segundo o Abras, houve crescimento de 4,84% no consumo de alimentos para o mês de julho, na comparação com junho. Já no comparativo de julho com o mesmo período do ano passado, a pesquisa mostra um recuo de 1,15%. Em relação ao acumulado do ano, de janeiro a julho, o índice registrou aumento de 3,24%.

Milan explica que o crescimento no período levou em conta injeções na economia, como auxílio emergencial e restituição do imposto de renda. O porta-voz da entidade também deu dicas para os consumidores economizarem na hora de ir às compras.

"O consumidor precisa aproveitar as ofertas e promoções. Por muito tempo se acostumou a comprar no mesmo lugar, mas agora precisa andar um pouco mais pra conseguir o produto que cabe no bolso"

Preço alto

Cesta Básica, Mercado, Compras, Arroz
Mesmo com queda, o preço do arroz se manteve em alta nos supermercados. Foto: Karina Cruz

O levantamento também levou em consideração os produtos considerados mais caros e que sofreram mais altas no primeiro semestre. O açúcar lidera o ranking, seguido pelo ovo, carne, café, frango e feijão. A explicação, revela o vice-presidente da Abras, acontece por conta das oscilações climáticas em regiões produtivas do Brasil.

Nos últimos 12 meses o óleo foi o produto mais caro (87,3%), seguido do arroz (39,8%) e da carne (40,6%). Em relação às maiores altas, o tomate lidera o ranking na comparação de junho frente a julho deste ano.

Quedas

Apesar da constante alta, o arroz também apresentou queda de 10,5%, entre junho e julho. Já considerando todo o primeiro semestre, os principais produtos que registraram queda foram: cebola (21.99%), batata (12,34%), e arroz (6,11%).

A associação também destacou aumento no volume dos lanches, como biscoitos, pães e bolos. O crescimento acontece por conta do trabalho híbrido e pelo motivo de muita gente estar ainda em trabalho remoto.

Desabastecimento

Motivo de terror entre consumidores e donos de supermercados, a Abras minimizou o risco de desabastecimento em relação à paralisação de caminhoneiros em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorridas em algumas estradas federais do País, na noite desta quarta-feira (8).

Segundo o vice-presidente da associaçaõ, não há motivos para preocupações e que a associação está monitorando junto ao Governo Federal a situação. Além disso a associação entende que o movimento não deve se sustentar.

< Senador Romário passa por cirurgia nesta quinta-feira em hospital do Rio Personalidade e temperamento <