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    Investigação

    Pai de jovem de 17 anos assassinada vira suspeito do crime

    Defesa do familiar afirma que suspeita pode colocá-lo em risco

    Publicado 10/03/2025 às 10:27 | Autor: Enfoco
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    Pai da jovem declarou estar "cada vez mais com o coração partido"
    Pai da jovem declarou estar "cada vez mais com o coração partido" |  Foto: Reprodução

    A investigação sobre a morte da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, ganhou um novo desdobramento. O pai da jovem, Carlos Alberto Souza, passou a ser considerado um dos suspeitos do crime, segundo informações confirmadas pelos investigadores.

    De acordo com a polícia, a inclusão de Carlos Alberto como suspeito segue os "mesmos critérios" aplicados a outros investigados, incluindo Gustavo Vinícius Moraes, apontado como ex-namorado da vítima, que já teve a prisão decretada.

    As autoridades abordam contradições nos depoimentos do pai e mencionam um "comportamento estranho". Um dos pontos que chamaram a atenção foi um pedido feito por Carlos Alberto ao prefeito da cidade de Cajamar: logo após a confirmação da morte da filha, ele solicitou um terreno.

    Além disso, documentos obtidos pelo programa da Record TV, o Domingo Espetacular, indicam que a relação entre pai e filha "poderia estar bastante conturbada", o que teria motivado Vitória a considerar se mudar para a casa da irmã, Verônica.

    A investigação também analisou as mensagens trocadas entre Carlos Alberto e Vitória na noite do desaparecimento da adolescente, em 26 de fevereiro.

    O pai perguntou à filha se ela iria para casa ou para a casa da irmã. Vitória respondeu que iria para a residência dos pais, e Carlos enviou um áudio alertando: "Tá bom, então. Cuidado, viu?". A partir de 1h15, o histórico do aplicativo de mensagens mostra diversas ligações feitas por Carlos, que não foram atendidas pela jovem.

    À polícia, o pai da jovem não teria mencionado essas ligações, o que levantou questionamentos sobre sua versão dos fatos. Ele também negou que a filha tivesse intenção de sair de casa. "É uma afirmação mentirosa. Ela ia para a casa da minha filha porque lá ficava mais perto do serviço dela (em um shopping)", disse o pai ao jornalista Roberto Cabrini.

    Carlos Alberto demonstrou indignação ao saber que se tornou suspeito. "Recebo (essa informação) com muita surpresa. Qual é o pai que vai querer a morte de uma filha?", afirmou. Ele ainda declarou estar "cada vez mais com o coração partido" por conta da desconfiança sobre ele.

    Defesa do pai questiona alegações

    O advogado de Carlos Alberto, Fábio Costa, em nota à CNN, classificou a decisão dos investigadores como "absurda" e afirmou que vai tentar revertê-la nesta semana. "É um relatório de investigação e não que concluiu o inquérito. Colocar o pai nessa situação é colocar a vida dele em risco", declarou.

    Costa também destacou que Carlos Alberto nunca foi ouvido formalmente pela polícia. "Pretendo nas primeiras horas conversar com o delegado para saber um pouco mais sobre esse trecho", acrescentou.

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