Os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda foram condenados a 21 anos de prisão cada um pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, de 14 anos, ocorrido em 2001, em Salvador. A decisão foi tomada pela maioria do júri nesta quinta-feira (27), após o julgamento que teve início na terça-feira (25).
O homicídio foi considerado com três qualificadoras: motivo torpe (vingança), meio cruel, e sem possibilidade de defesa da vítima. A juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto explicou que a pena base por homicídio foi de 18 anos, somados a mais três anos devido à impossibilidade de defesa da vítima.
Fernando Aparecido e Joel Miranda poderão recorrer em liberdade, já que se apresentaram sem resistência ao júri. Contudo, caso a decisão seja mantida após o trânsito em julgado, a punição será cumprida em regime fechado. O crime de ocultação de cadáver acabou sendo excluído por já fazer 22 anos em que o fato aconteceu.
O caso
Em 2001, Lucas Terra foi morto de forma brutal na Bahia. Os laudos da polícia mostram que a vítima foi queimada viva dentro de uma caixa de madeira. Há também acusações de que o menino foi estuprado antes de ser morto.
Os pastores da igreja em que Lucas frequentava foram acusados de cometer o crime. A motivação do crime seria pelo fato do jovem ter flagrado os suspeitos tendo relações sexuais dentro da igreja e foi morto como vingança. Mas isso não foi comprovado.
Depois de 22 anos, o julgamento desses deles teve início. Durante quatro dias, os jurados vão ouvir testemunhas e decidir se os acusados são culpados ou não.
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