Os três policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo Santos, de 38 anos, em maio deste ano, foram indiciados pela Polícia Federal nesta segunda-feira (26), quatro meses depois do ocorrido. O indiciamento se deu por abuso de autoridade e homicídio qualificado (asfixia sem meios de defesa).
O relatório da PF foi encaminhado ao Ministério Público Federal. O MPF informou que tem 15 dias como prazo para apresentar a denúncia à Justiça e que não irá emitir nenhum posicionamento até o dia do ajuizamento da ação criminal. As informações são do G1.
A defesa dos policiais rodoviários federais não se pronunciou até o momento desta publicação.
O caso
Genivaldo foi morto por volta das 11h do dia 25 de maio deste ano, na BR-101, no km 180, altura da cidade de Umbaúba, no Sergipe, por agentes da PRF. A abordagem dos policiais se deu porque Genivaldo estava andando de moto sem utilizar um capacete.
Os agentes argumentaram que ele não obedecia as ordens policiais e precisou ser contido. Um vídeo publicado na internet mostra que ele foi colocado em uma mala de carro, que foi preenchida com gás.
No Boletim de Ocorrência foi informado que o homem teve um ''mal súbito'' no caminho para a delegacia. Sua morte foi constatada em um hospital da cidade por volta das 13h.
Um laudo da própria Polícia Rodoviária Federal aponta que a morte se deu por asfixia. Os policiais envolvidos foram afastados no dia seguinte, logo após o sepultamento de Genivaldo.
A Justiça Federal em Sergipe negou o pedido de prisão dos três policiais, que foi feito pela família da vítima.