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Polícia Federal prende presidente da Fecomércio do Rio
A Operação Jabuti, deflagrada nesta sexta (23) pelo Ministério Público Federal (MPF), prendeu Orlando Santos Diniz, presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro. A ação teve o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal, é um dos braços da Operação Lava Jato.
Havia pedido de prisão preventiva contra Orlando pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e pertinência a organização criminosa. Segundo o MPF, cerca de R$ 3 milhões foram lavados através da empresa de consultoria Thunder Assessoria Empresarial, que pertence a ele, num esquema autorizado pelo ex-governador Sérgio Cabral, preso em Curitiba, e que contou com a atuação dos seus operadores Carlos Miranda e Ary Filho. Ambos também estão presos.
A lavagem de dinheiro teria sido feita com a assinatura de contratos de prestação de serviços de clipping de notícia que a Thunder prestaria para empresas dos Grupos Dirija e Rubanil. Miranda e Ary Filho repassavam o dinheiro e era emitida nota fiscal “fria”, sem que o serviço tivesse sido prestado.
Diniz também teria contratado, a pedido de Cabral, pelo menos seis funcionários, todos parentes próximos dos operadores do esquema, que não trabalhavam de fato nas entidades ligadas à Fecomércio-RJ, além de uma chef de cozinha e de uma governanta que trabalhavam diretamente para o ex-governador do Rio. O total de pagamentos, feitos pelo Sesc e pelo Senac, chegou a R$ 7.674.379,98.
O MPF investiga também a contratação irregular pela Fecomércio, do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, esposa de Cabral. A acusação inclui outros escritórios de advogados, num valor total de R$ 180 milhões.
A Operação Jabuti também busca cumprir mandados de prisões temporárias contra Plínio José Freitas Travassos Martins, Marcelo José Salles de Almeida e Marcelo Fernando Novaes Moreira, todos diretores de confiança de Diniz; além de dez ordens de busca e apreensão e dez intimações para investigados prestarem depoimentos.
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