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    Preso falso corretor de luxo que deu golpe em juízes

    Prejuízo estimado para as vítimas chega a R$ 135 mil

    Publicado 06/09/2024 às 9:39 | Autor: Enfoco
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    Vítimas registraram boletim de ocorrência contra o falso corretor de imóveis
    Vítimas registraram boletim de ocorrência contra o falso corretor de imóveis |  Foto: Reprodução

    A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (5) um falso corretor de imóveis e seu comparsa acusados de aplicar golpes em mais de 20 moradores do Distrito Federal.

    Entre as vítimas está um grupo de juízes recém-empossados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

    Suspeito de liderar a quadrilha, de acordo com a polícia, Victor Rodrigues de Menezes se passava por vendedor de imóveis de alto padrão em Brasília e chegou a obter mais de R$ 135 mil em lucros.

    A operação revelou que o corretor e o cúmplice dele, um homem de 25 anos que não teve a identidade divulgada, aplicaram o golpe em ao menos 23 juízes que estavam à procura de imóveis para alugar durante o Curso de Formação Inicial da Magistratura do Trabalho. 

    Policias da 5ª Delegacia de Polícia, localizada na área central, cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços associados aos suspeitos, incluindo uma empresa imobiliária. Além disso, a polícia solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 266 mil das contas bancárias dos acusados para assegurar o ressarcimento das vítimas.

    Como funcionava?

    Victor utilizava uma abordagem semelhante em todos os casos, empregando técnicas sofisticadas para evitar a detecção pela polícia. De acordo com as investigações, ele oferecia imóveis de alto padrão no Condomínio Brisas do Lago, localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 4.

    Os contratos eram atraentes e ofereciam preços abaixo do mercado, variando entre R$ 4,7 mil e R$ 5,5 mil. Para criar uma aparência de legitimidade, Victor assinava os contratos eletronicamente e enviava os documentos para os compradores.

    Após a assinatura do contrato, Victor exigia o pagamento antecipado via PIX. Mesmo após o pagamento, ele continuava a se comunicar com as vítimas, fornecendo detalhes sobre os imóveis e a data de entrada.

    O delegado responsável pelo caso, Rafael Catunda, explica que a fraude só era descoberta quando os futuros inquilinos agendavam uma visita ao imóvel e encontravam outros moradores no local. Em alguns casos, as vítimas procuravam informações no condomínio e descobriam que os imóveis nunca haviam sido administrados por Victor.

    Fuga

    Após descobrirem o golpe, as vítimas tentaram entrar em contato com o acusado, mas foram ignoradas ou bloqueadas nas redes sociais. Além disso, o golpista utilizava estratégias para desaparecer dos aplicativos e até alterava suas informações bancárias.

    Desde agosto de 2023, a polícia registrou 23 ocorrências envolvendo Victor. Eventuais vítimas adicionais que ainda não tenham registrado uma ocorrência são incentivadas a entrar em contato com a Polícia Civil para denunciar o caso.

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