Acusado

Professor universitário é demitido após denúncia de assédio

A abordagem foi feita por meio de mensagens no WhatsApp

A denúncia foi feita pela própria vítima, em universidade no Paraná
A denúncia foi feita pela própria vítima, em universidade no Paraná |  Foto: UEPG / Reprodução

O professor Luciano Ribeiro Bueno, que ministrava aulas no curso de Economia na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), localizada no Paraná, foi destituído de seu cargo em decorrência de um caso de assédio sexual que envolveu uma das alunas da instituição. A acusação se baseia em uma série de mensagens trocadas por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, nas quais o professor fez propostas inaceitáveis à estudante.

Conforme os detalhes divulgados pela UEPG, a ação foi desencadeada após a estudante denunciar o ocorrido, fornecendo como prova capturas de tela e áudios que corroboravam a gravidade das investidas. A universidade abriu um processo administrativo disciplinar a partir dessa denúncia e, como medida preventiva, afastou temporariamente o professor de suas funções no mês de agosto de 2022.

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"O procedimento seguiu os trâmites regulamentares, culminando com a decisão de rescisão do contrato. Após esgotados os recursos cabíveis, a conclusão foi enviada ao Governo do Estado, que efetuou a exoneração. A publicação oficial foi veiculada no Diário Oficial no dia 09 de agosto de 2023", declarou a UEPG por meio de comunicado.

Entenda o caso

Segundo a investigação, o professor abordou a aluna através do WhatsApp, oferecendo uma oportunidade de trabalho extra como forma de melhorar a nota dela em uma das disciplinas. Diante da falta de interesse da aluna, o professor a contatou novamente durante a madrugada, solicitando que ela visse sua atualização de "status", na qual ele havia compartilhado uma imagem explicitamente inadequada.

Em seguida, o docente proferiu palavras ofensivas e indecentes, sugerindo um encontro e, por meio de um áudio, fez uma proposta sexual à estudante. A aluna não hesitou em confrontar o professor, ressaltando que não havia estabelecido qualquer tipo de intimidade com ele. 

Versão da defesa 

Em resposta às alegações, as advogadas que representam o professor Luciano Ribeiro, argumentaram que não existem evidências que sustentem a alegação de que ele agiu "com o intuito de usar seu cargo para prejudicar a aluna em questão".

A defesa apresentou uma perspectiva alternativa, indicando que o incidente ocorreu durante um período em que o professor enfrentava desafios psicológicos significativos, incluindo um "transtorno depressivo grave e Síndrome de Burnout".

De acordo com a declaração da defesa, essas condições contribuíram para que ele interpretasse de maneira equivocada as mensagens trocadas com sua aluna fora do contexto da sala de aula. As advogadas enfatizaram que o professor não teve a intenção de ofender a aluna ou abusar de seu cargo.

Em um comunicado oficial, as advogadas indicaram que estão preparando os documentos necessários para levar o caso à apreciação da Justiça. 

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