Professora tira a roupa após sofrer racismo em mercado

Uma professora usou as redes sociais para relatar que sofreu um episódio de racismo, dentro de um mercado, em Curitiba, neste sábado (8). Segundo relatos, ela foi perseguida pelo segurança do local e, logo após, decidiu protestar voltando ao estabelecimento sem roupas. 

Chorando muito, Isabel Oliveira contou que o segurança da loja foi atrás dela durante todo o tempo, e que ela só havia ido até o mercado comprar leite para a filha.

"Fui tratada como se fosse uma marginal, fiquei sendo seguida pelo segurança do supermercado por mais de meia hora. Isso não pode ser normal", alega. 

Ela perguntou ao segurança se estava apresentando algum tipo de perigo ao local, e ele respondeu que estava apenas cuidando do setor. Isabel então decidiu voltar até ao estabelecimento usando somente as roupas íntimas, como forma de protesto contra o caso. 

"A gente não pode continuar sendo tratada como marginal. Só entrei pra fazer as minhas compras, não estava oferecendo risco nenhum a ninguém. Fiz um escândalo dentro da loja, pedindo pra ser tratada com dignidade. Não dá pra admitir ser tratada assim, como se fosse sempre uma ameaça", desabafou.

Ao tentar fazer o boletim de ocorrência, a professora foi informada de que precisava provar o ato de racismo ocorrido contra ela

Ao tentar fazer o boletim de ocorrência contra o caso, a mulher foi informada de que precisava provar o ato de racismo ocorrido contra ela. 

"Eu sei o que aconteceu e aí eu tenho que provar que estava sendo perseguida pelo segurança", reclamou.

Ela também acrescenta que foi amparada pelos funcionários do estabelecimento, que ofereceram um copo d'água para tentar acalmá-la.