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    "Programa de segurança pública não vai mudar", diz Doria

    Publicado 02/12/2019 às 17:59 | Autor: Plantão Enfoco
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    O governador de São Paulo, João Doria, fala à imprensa, após encontro com o presidente em exercício  , General Hamilton Mourão
    O governador de São Paulo, João Doria, fala à imprensa, após encontro com o presidente em exercício , General Hamilton Mourão |  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
    João Doria é governador de São Paulo Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Após nove mortes em uma ação da Polícia Militar na comunidade de Paraisópolis, na madrugada de domingo (1), o governador de São Paulo, João Doria, comunicou que não pretende reduzir as operações policiais nem modificar os moldes em que funcionam atualmente.

    "Os procedimentos, a atitude e o comportamento da Polícia Militar, ou seja, o programa de segurança pública do governo do estado de São Paulo não vai mudar", afirmou.

    "Procedimentos de ação, operacionais, podem ser revistos. Aliás, devem ser revistos, evidentemente, para serem aperfeiçoados, melhorados, evitando que tanto os cidadãos como criminosos e os próprios policiais possam ter a circunstância adequada, protegermos quem devemos proteger, preservar quem devemos preservar e prender quem merece ser preso", acrescentou o governador.

    Polícia Militar

    O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Salles, disse que os agentes que chegaram primeiro ao baile funk foram agredidos. "Os três primeiros policiais que chegaram foram agredidos com pedras, com garrafas e contidos. É isso que precisa ficar conhecido. Por conta da ação, houve uma reação. Foi isso que houve".

    Algumas pessoas envolvidas na ação policial alegam que os militares atiraram em direção ao público do evento, com armas de cano longo, de calibre 12, e que portavam granadas. O coronel Salles nega essa versão. Ele disse que embora parte dos depoimentos ainda deva ser colhida, avalia já constatar "inconsistência" nos relatos. "Vamos ouvir todos que foram encaminhados ao inquérito, mas, de plano, já se nota uma inconsistência", afirmou.

    A Polícia Militar sustenta que suspeitos foram abordados pelos policiais que faziam patrulhamento e abriram fogo. Na sequência, os agentes teriam perseguido o grupo até o baile funk. Nesse momento, ocorreu o tumulto, que resultou na morte de nove pessoas, que morreram pisoteadas. Uma das vítimas tinha 14 anos. Ao todo, 5 mil pessoas estavam no local.

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