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Projeto Tamar divulga marca de 40 milhões de tartarugas protegidas
A Petrobras e o Tamar anunciam um importante marco que será alcançado na próxima temporada de desova: 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas e devolvidas ao oceano.
Este número representa um marco nos resultados do projeto, reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas iniciativas de conservação marinha do mundo.
O objetivo principal do projeto é a conservação de cinco espécies de tartarugas, todas ameaçadas de extinção.
Atualmente, o Projeto Tamar está presente em 26 localidades, distribuídas em áreas prioritárias de desova, alimentação, migração e descanso. Estudos científicos mostram que as populações de tartarugas marinhas no Brasil estão se recuperando.
"Na próxima temporada de desova, o Tamar vai completar 40 anos e atingir a marca de 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas. Podemos dizer que a tartaruga de número 40 milhões já existe e navega em uma viagem transcontinental rumo às praias brasileiras. Mas é importante lembrar que a cada mil tartarugas que nascem, apenas uma ou duas sobrevivem. Ainda há muito a fazer para livrar esses animais da ameaça de extinção", diz o fundador do Projeto Tamar, Guy Marcovaldi.
São animais de ciclo de vida longo, que levam de 20 a 30 anos para se reproduzir. A cada temporada reprodutiva o número de filhotes que nascem nas praias monitoradas pelo Projeto passa de 2 milhões, além de muitas tartarugas jovens e adultas que são protegidas e salvas da captura incidental na pesca. Acidentes com redes e anzóis, atropelamentos, trânsito de veículos nas praias e plástico são fatores de risco para as tartarugas.
Nesta quarta (18), o início do ciclo reprodutivo da tartaruga marinha 40 milhões protegida e devolvida ao oceano pelo Tamar foi anunciado com a soltura de filhotes na Praia do Atalaia, em Aracaju, Sergipe, onde fica uma das bases do projeto.
Além da soltura, será realizado o "Concerto às Tartarugas Marinhas", com Orquestra Sinfônica de Sergipe.
Pesquisa e desenvolvimento científico
O Projeto Tamar contribuiu, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), para o início da recuperação - comprovada cientificamente - das populações de quatro espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-oliva, tartaruga-de-pente, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-de-couro, e pela estabilidade da tartaruga-verde em Fernando de Noronha (PE) e Trindade (ES).
A ação do Tamar se estende por cerca de 1.100 km de praias, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, de Sergipe, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Ceará, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Santa Catarina.
A principal missão é a pesquisa, a conservação e o manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas, todas ameaçadas de extinção.
Outro aspecto relevante é o fato de todo esse trabalho contar com o apoio das comunidades costeiras dos locais onde há a ocorrência das espécies ameaçadas. Anualmente, são atendidas diretamente cerca de 800 pessoas em ações socioeducativas, de valorização da cultura, de capacitação e inclusão social.
O Tamar é membro da Rede de Projetos de Biodiversidade Marinha (Rede Biomar), grupo composto também pelos Projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo e Golfinho Rotador, todos patrocinados por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Juntos, esses projetos atuam em diferentes frentes e são um símbolo da atuação da Petrobras na conservação marinha no Brasil.
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