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Remédios elevam índice de inflação em maio
Os transportes e os produtos de saúde foram os destaques do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio, que subiu 0,35%. Esta taxa ficou bem abaixo do índice de abril (0,72%), embora tenha sido a maior para um mês de maio desde 2016, quando a prévia da inflação chegou a 0,86%.
O grupo de saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,01% em maio, puxado, principalmente, pelos remédios (2,03%). Os planos de saúde (0,80%) e os artigos de higiene pessoal (0,62%) também impulsionaram o índice. Ao todo, o grupo foi responsável por 0,12 ponto percentual (p.p.) do IPCA-15 de maio.
Os Transportes também contribuíram com 0,12 p.p. para a prévia da inflação. A alta de 3,29% na gasolina puxou o índice para cima, assim como a elevação de 4% nos preços do etanol. Já as passagens aéreas tiveram queda de 21,78% e foram responsáveis pelo impacto negativo mais intenso, de -0,09 p.p.
O grupo com maior peso no orçamento das famílias também ajudou a desacelerar o IPCA-15. Responsável por cerca de 25% das despesas nos lares do país, o grupo alimentação e bebidas ficou estável em maio, depois da alta de 0,92% em abril. Embora a alimentação fora do domicílio tenha subido 0,48%, a alimentação no domicílio recuou 0,26%. As quedas mais notáveis foram do feijão-carioca (-11,55%), das frutas (-3,08%) e das carnes (-0,52%) e os principais alimentos em alta foram o tomate (13,08%) e a batata-inglesa (4,12%).
Os preços em oito das 11 áreas pesquisadas pelo IPCA-15 desaceleraram em maio. A região metropolitana do Rio de Janeiro apresentou o menor índice e a única deflação, de 0,06%. O maior resultado foi em Goiânia, com alta de 1,10%.
Em maio, o IPCA-15 acumula alta de 2,27% no ano e de 4,93% nos últimos 12 meses.
(Agência IBGE)
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