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    Investigação

    Reviravolta no caso do turista morto em cidade turística do Ceará

    Adolescente estava de férias com o pai em Jericoacoara

    Publicado 21/01/2025 às 15:46 | Autor: Enfoco
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    O corpo de Henrique foi encontrado no dia 18 de dezembro
    O corpo de Henrique foi encontrado no dia 18 de dezembro |  Foto: Reprodução/ Redes Sociais

    O caso do turista, de 16 anos, morto por criminosos no dia 16 de dezembro do ano passado, após a divulgação de uma foto com o gesto de uma facção rival, teve uma reviravolta. Segundo a Polícia Civil, o crime está relacionado à rivalidade entre facções criminosas, mas a motivação é diferente da que foi divulgada inicialmente.

    Segundo as investigações, o adolescente foi morto por usar uma camisa com o símbolo yin yang, um símbolo milenar chinês que no taoísmo representa a dualidade e a complementaridade dos opostos, mas que foi apropriado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). 

    Dos sete suspeitos identificados pela investigação, dois menores já foram apreendidos e um terceiro aguarda uma decisão judicial para confirmar sua internação. Os envolvidos relataram que, na noite de 16 para 17 de dezembro, adolescente foi até o local usando a camisa para tentar comprar drogas em uma "boca" controlada pelo Comando Vermelho, facção rival do PCC.

    O jovem chamou a atenção dos traficantes por causa da blusa que estava usando, o que resultou no sequestro seguido de morte.

    Inicialmente, a polícia havia informado que o jovem foi morto após fazer o gesto "tudo três" em fotos, um símbolo associado ao PCC. No entanto, de acordo com o pai de Henrique, ele não sabia o significado desse gesto.

    A vítima estava passando as férias com o pai na Vila de Jericoacoara, no litoral do Ceará. O adolescente e o pai são naturais do litoral de São Paulo.

    A blusa da vítima e o dia do crime

    A blusa, no entanto, não foi localizada pela polícia, assim como o celular da vítima. De acordo com os depoimentos dos envolvidos, no vídeo em que o jovem é visto sendo levado pelos traficantes antes de ser assassinado, ele já estava sem a camisa. Quanto ao celular, os suspeitos afirmaram que encontraram imagens de armas, motos e supostos grupos de WhatsApp com referências ao grupo rival.

    Na noite do assassinato, último dia da viagem, o adolescente deixou o pai no centro da vila e voltou para o hotel sozinho, dizendo que iria descansar. Essa foi a última vez que o homem viu o filho com vida. Horas depois, ao chegar ao local onde eles estavam hospedados, ele percebeu a ausência do jovem e começou a procurá-lo por Jericoacoara.

    O corpo da vítima foi encontrado no dia 18 de dezembro em um ponto próximo à Lagoa Negra, numa área afastada do centro da vila. A polícia acredita que o grupo de traficantes levou o garoto para uma praia deserta, chamada Praia da Malhada, e o agrediu até a morte, antes de abandonar o corpo em outro local. “Ele foi torturado e teve uma orelha decepada”, conta o delegado.

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