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    Rio registra recorde em doações de órgãos: foram 304 em 2019

    Publicado 26/12/2019 às 14:51 | Autor: Plantão Enfoco
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    A melhor marca havia sido contabilizada em 2015, com 303 casos. Em 2018, foram 261, o que, até o momento, gerou aumento de 16,4%. Foto: Elza Fiúza - Agência Brasil

    O Programa Estadual de Transplantes (PET) alcançou, nesta quarta-feira (25), o recorde de 304 autorizações para doações de órgãos no Rio de Janeiro. A melhor marca havia sido contabilizada em 2015, com 303 casos.

    Em 2018, foram 261 - o que, até o momento, gerou aumento de 16,4%. A previsão da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é investir R$ 25 milhões no PET em 2020, e uma das metas, zerar a fila de transplantes de córnea até 2022.

    Só neste mês de dezembro foram 35 doações, ultrapassando as 33 registradas em julho passado. A SES tem investido no programa com o objetivo de colocá-lo entre os quatro mais bem colocados do Brasil. Hoje, o PET, que já ocupou a pior posição do país, está em 8º lugar.

    A proposta é capacitar profissionais para que eles estejam aptos a reverter negativas de familiares, além de ampliar o número de Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) em solo fluminense.

    "Queremos aumentar em 20% o número de doações em relação à meta histórica alcançada neste 2019. O investimento de R$ 25 milhões vai nos ajudar a expandir essa rede de transplantes no estado, já que nossas equipes estarão atuando em hospitais de diversos municípios", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.

    A autorização familiar é a única forma de o transplante acontecer. Para tratar desse tema num momento delicado como o luto, a capacitação de profissionais é fundamental. Por isso, desde maio, especialistas em abordagem sensível têm ministrado treinamentos para profissionais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), com foco na simulação e recriação de situações práticas do dia a dia.

    Após esse trabalho, a taxa de autorização das famílias quase dobrou, saltando de 38% para 75%, se comparados os números de abril e junho. A média nacional é de 40%.

    A ampliação de OPOs no estado é outra iniciativa. O número passou de quatro para nove, em cidades estratégicas como Rio de Janeiro (duas), Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, Araruama, Itaperuna, Campos e Barra Mansa.

    As OPOs são responsáveis pelo apoio operacional ao processo de doação, dedicando, além de profissionais em tempo integral e meios de comunicação eficientes, o aparato logístico para um transporte mais ágil e seguro desde a captação dos órgãos até a cirurgia de transplante. 

    Para o próximo ano, parte da verba será destinada para a ampliação e profissionalização da CIHDOTT, através do redimensionamento de equipes e metas, bem como auditorias sobre resultados. Além disso, será criado um modelo de educação permanente e de investimento em pesquisa para todos os envolvidos no PET.

    Haverá ainda a realização de palestras sobre doação de órgãos em empresas públicas e privadas, e em cursos de graduação da área da Saúde, fortalecendo a marca e a conscientização da importância da doação.

    Saiba mais sobre o PET

    Criado em 2010, o Programa Estadual de Transplantes já realizou mais de 16 mil procedimentos. O PET realiza transplantes e captação de coração, fígado, rins, pâncreas, medula óssea, ossos, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). 

    "A principal missão do PET é buscar o 'sim' que salva vidas. Esse é o nosso objetivo diário em nove anos de existência do programa", disse o diretor do programa, Gabriel Teixeira.

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