Prisão
Saiba quem é o indígena Serere Xavante preso em Brasília
José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, foi preso na segunda
O indígena José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, preso na última segunda-feira (12) em Brasília por condutas ilícitas em atos antidemocráticos, é um velho conhecido da polícia.
A nova prisão, entretanto, causou reviravolta entre os apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que cometeram uma série de atos de vandalismo em ônibus e carros. A Esplanada dos Ministérios chegou a ser fechada, devido às confusões no início da semana.
Ex-candidato à prefeitura de Campinápolis, Acácio se apresenta como uma das lideranças da Terra Indígena Parabubure e, em vídeos compartilhados pelas redes sociais, questiona o processo eleitoral e a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva.
A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a detenção de Acácio por suspeita de crime de ameaça, perseguição e ataques ao Estado democrático de direito.
Apoiador de Bolsonaro, o indígena se apresenta como pastor e missionário e já participou de atos golpistas contra o resultado das urnas. No último final de semana, José Acácio chegou a declarar em Brasília que Lula "não sobe a rampa".
O STF, a pedido da PGR, determinou a prisão de José Acácio por participar de "manifestações de cunho antidemocrático" nas imediações do Congresso, no Aeroporto Internacional de Brasília, em um shopping e em frente ao hotel onde estão hospedados Lula e o vice Geraldo Alckmin (PSB). A Polícia Federal, então, o prendeu na segunda-feira (12).
Xavante se identifica como cacique, e já havia sido preso por tráfico de drogas em 2007 em Campinápolis, Cuiabá. Na ocasião, José e a esposa foram flagrados pela polícia com porções de cocaína.
José Acácio foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão em regime fechado. Ele cumpriu parte da pena preso e saiu da cadeia em 2008. Em agosto de 2009, o processo foi encerrado, segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O indígena concorreu a prefeito de Campinápolis nas eleições de 2020 pelo Patriotas. Recebeu apenas 689 votos , o equivalente a 9,7% do total, e ficou em terceiro lugar.
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