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    Homicídios

    Serial killer preso tirava selfies em lápides das vítimas

    Ele observava as vítimas pelo Instagram e guardava as fotos

    Publicado 18/11/2024 às 11:48 | Autor: Enfoco
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    Das dez vítimas pelas quais ele está sendo investigado, três são homens e sete são mulheres
    Das dez vítimas pelas quais ele está sendo investigado, três são homens e sete são mulheres |  Foto: Reprodução/TV Globo

    Matador em série, Albino Santos de Lima, de 42 anos, está sendo investigado por pelo menos dez homicídios cometidos ao longo de um ano em Maceió, Alagoas. Preso no dia 17 de setembro, ele confessou a autoria de oito desses crimes e é considerado o maior serial killer do Estado. A Polícia Civil encontrou em seu celular selfies tiradas por ele em frente às lápides de algumas de suas vítimas.

    O caso foi revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (17). Albino é ex-segurança terceirizado do Sistema Penal de Alagoas e filho de um policial militar aposentado. Das dez vítimas pelas quais ele está sendo investigado, três são homens e sete são mulheres, todas com características semelhantes.

    “As mulheres eram todas com o perfil muito semelhante: morenas, jovens e, geralmente, de cabelo cacheado. E dentre elas, tinha uma mulher trans, também com esse mesmo perfil físico", afirmou o delegado Gilson Souza, à reportagem.

    Em depoimento à polícia, Lima informou seus métodos para cometer os crimes. O homem agia com frieza. Segundo os policiais, depois de assassinar as vítimas, ele ia até suas lápides e registrava fotografias e vídeos debochando dos crimes cometidos.

    Arma e imagens ajudaram a chegar no homem

    Para ajudar na identificação de Albino, a polícia divulgou vídeos do suspeito circulando pelo bairro na imprensa local. Com isso, as primeiras testemunhas surgiram, confirmando sua identidade.

    A polícia descobriu que todas as vítimas apresentavam perfurações causadas por um tipo específico de munição. Cada arma deixa marcas únicas nos projéteis, conhecidas como “ranhuras”, que funcionam como uma espécie de "DNA balístico".

    Essas marcas ajudaram a identificar que os projéteis encontrados nos dez homicídios investigados até o momento eram os mesmos, o que leva a polícia a concluir que o responsável pelos crimes seria o mesmo indivíduo.

    Imagens de câmeras de segurança, nas quais o suspeito aparece vestindo roupas pretas e usando um boné para esconder o rosto após as 22h, também foram essenciais para sua identificação.

    No dia 17 de setembro, um mandado de prisão preventiva foi cumprido na residência onde ele morava com o pai, junto a um mandado de busca e apreensão. Durante a operação, a polícia apreendeu o celular e a arma do suspeito. 

    A arma foi encaminhada à Polícia Científica, que comparou as munições encontradas no local dos crimes e nos corpos das vítimas, com o armamento apreendido, e confirmou a suspeita das autoridades.

    Monitoramento das vítimas no Instagram 

    Em depoimento o homem disse ainda que monitorava suas vítimas pela rede social Instagram, investigando os trajetos que fariam, onde moravam e ambientes que frequentavam. 

    Além disso, ele criava pastas com fotos de suas vítimas e selecionava datas em seu calendário para quando os crimes aconteceriam. No celular do homem, peritos encontraram uma lista com nomes que seriam os próximos alvos.

    Vítimas adolescentes

    A vítima mais recente do serial killer é Ana Clara Santos, de 13 anos. A adolescente foi assassinada na noite de 8 de agosto, enquanto caminhava por um bairro da capital.

    Ela percebeu que estava sendo perseguida por um homem que a esperava em uma esquina perto de uma vila de casas, onde a vítima morava. Segundo levantamento feito pela Polícia Civil, a menina tentou fugir, invadindo a casa de um vizinho, mas foi alcançada e morta em cima da cama.

    A outra adolescente, Ana Beatriz, também de 13 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça. Ela estava na esquina da rua em que foi morta quando foi atingida pelo disparo realizado por um homem de roupas pretas.

    Após cometer o crime, o homem fugiu em direção à Vila Brejal. A menina chegou a ser socorrida pela população e encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

    Justificativa dos crimes

    Ao confessar os crimes, o homem justificou os assassinatos dizendo que "todas as vítimas integravam facções criminosas". Segundo a polícia, nenhuma delas tinha envolvimento com crimes.

    Ao Fantástico, a polícia disse que pretende reabrir inquéritos sobre homicídios ocorridos em 2019 e 2020, em que há uma forte probabilidade de envolvimento do mesmo autor. Até o momento, o homem foi indiciado por homicídio qualificado e por três outros crimes. De acordo com a defesa de Lima, "a cabeça dele é de uma pessoa doente, de um sociopata".

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