Estudo
Sexo oral pode contribuir para câncer de garganta, aponta pesquisa
Doença avança em razão do HPV; vacina pode impedir
A infecção por HPV - o papilomavírus humano, transmitido pelo sexo oral, é apontado como um dos principais fatores associados aos casos de câncer de garganta, ou orofaringe. Tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas também estão inclusos no rol de possíveis causadores da doença.
Um estudo global mostrou que pessoas com seis ou mais parceiros de sexo oral na vida têm 8,5 vezes mais chances de desenvolver câncer de orofaringe do que aqueles que não são adeptos da prática.
De acordo com o Global Cancer Observatory (Globocan), foram estimados cerca de 92 mil novos casos de câncer de orofaringe no mundo em 2018.
Setenta e quatro mil foram em homens e 18 mil em mulheres, com cerca de 51 mil óbitos pela doença, sendo 42 mil homens e nove mil mulheres.
Os especialistas defendem a vacinação contra o HPV em meninas e meninos como forma de diminuir a incidência dessa doença. No Brasil, a vacina contra o HPV é ofertada de forma gratuita para as meninas dos 9 aos 15 anos e para os meninos dos 11 aos 15 anos, em duas doses com intervalo de seis meses.
“A teoria predominante é que a maioria de nós contrai infecções por HPV e é capaz de eliminá-las completamente. No entanto, um pequeno número de pessoas não consegue se livrar da infecção, talvez devido a um defeito em um aspecto específico do sistema imunológico. Nesses pacientes, o vírus é capaz de se replicar continuamente e, com o tempo, se integra em posições aleatórias no DNA do hospedeiro, algumas das quais podem fazer com que as células hospedeiras se tornem cancerígenas”, afirma Hisham Mehanna, professor do Institute of Cancer and Genomic Sciences, da Universidade de Birmingham.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!