Confissão

'Sou má, fiz isso', escreveu enfermeira acusada de matar bebês

Mulher deixou um diário contando o crime

Lucy negou a acusação, afirmando nunca ter machucado nenhuma criança
Lucy negou a acusação, afirmando nunca ter machucado nenhuma criança |  Foto: Reprodução
 

A enfermeira Lucy Letby, acusada de matar sete recém-nascidos, cinco meninos e duas meninas, na Inglaterra, escreveu um diário confessando o crime. Apesar de ter negado na sessão do tribunal de Manchester nesta terça-feira (2), a mulher deixou por escrito, em 2016, que teria cometido o ato.

"Eu sou má, eu fiz isso. Não sei se os matei. Talvez eu tenha. Talvez tudo isso seja para mim", escreveu no caderno. 

Apesar disso, no tribunal, Lucy negou a acusação, afirmando nunca ter machucado nenhuma criança e que o trabalho no hospital era sua vida. 

Enfermeira foi presa três vezes, em 2018, 2019 e 2020, período em que aguardava o julgamento
  

As investigações apontam que os crimes aconteceram na unidade neonatal do Hospital Condessa de Chester, no noroeste da Inglaterra, entre junho de 2015 e 2016. Em depoimento, Lucy disse que começou a trabalhar na unidade após se formar. Ela também alegou que o que escreveu no diário reflete o estado de sua saúde mental naquele período.

"Senti que devo ser responsável de alguma forma. Acho que, olhando para trás agora, estava realmente lutando e essa foi uma maneira de expressar o que não era capaz de dizer a mais ninguém ", disse a acusada.

O júri começou a ouvir os depoimentos em outubro de 2022. Dentre as acusações da promotoria,  Lucy Letby matou dois dos três trigêmeos recém-nascidos com 24h de intervalo, injetando ar logo após o nascimento. Ela negou as acusações e, em outro momento, disse que trabalhar no hospital foi "devastador".

"Foi simplesmente devastador e mudou toda a minha vida. Fiquei perturbada, foi uma mudança de vida. Fui colocada em um papel não clínico do qual não gostei do ponto de vista da autoconfiança, isso me fez questionar tudo sobre mim", disse

A enfermeira foi presa três vezes, em 2018, 2019 e 2020, período em que aguardava o julgamento.

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