'Nele não'
Técnica de enfermagem nega ter aplicado vacina em Bolsonaro
'Já apliquei bastante vacina, mas no Bolsonaro não', disse ela
A técnica de enfermagem da Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Silvana de Oliveira Pereira, de 36 anos, teve seu nome vinculado às investigações que atingiram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (3).
De acordo com relatório da Polícia Federal, Silvana teria sido a profissional que "aplicou" a segunda dose da vacina da Pfizer em Bolsonaro em 14 de outubro de 2022, conforme um registro falso inserido no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro e apagado seis dias depois.
Para o jornal “O Globo”, Silvana afirmou que não aplicou vacina no ex-presidente. "Sou realmente técnica de enfermagem e já apliquei bastante vacina, mas nele não", disse ela.
No entanto, Silvana afirmou ainda que, naquela época, trabalhava na emergência da UPH Pilar, em Duque de Caxias, e não no Centro Municipal de Saúde, local onde foi registrado que Bolsonaro havia sido imunizado. Segundo a técnica de enfermagem, seu nome foi utilizado sem seu conhecimento no suposto esquema de fraude investigado pela PF.
A investigação aponta que registros de vacinação de Bolsonaro e de sua filha caçula, Laura, foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro de 2022 e apagados no dia 27 sob a justificativa de "erro". A suspeita é que a fraude tenha ocorrido por meio de um esquema montado na Prefeitura de Duque de Caxias, por onde os registros foram inseridos e excluídos do sistema da Saúde.
Na época, Bolsonaro, junto de seus familiares estavam prestar a viajar para os Estados Unidos, onde eles passaram uma temporada de três meses.
A suspeita é que Bolsonaro tenha emitido seu certificado de vacinação entre a inclusão e a exclusão dos dados, a fim de comprovar que estava imunizado caso fosse necessário. A exclusão dos dados teria ocorrido para que ele mantivesse o discurso antivacina, que foi uma marca de seu mandato.
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