Brasil & Mundo
Vacina da Johnson & Johnson será testada em 60 mil voluntários
A Johnson & Johnson pretende testar sua vacina experimental contra o novo coronavírus em até 60 mil voluntários, em um ensaio clínico em estágio final previsto para começar em setembro, de acordo com o banco de dados de ensaios clínicos do governo dos Estados Unidos (EUA).
O teste será conduzido em cerca de 180 locais nos EUA e em outros países, incluindo o Brasil e o México, de acordo com a informação publicada no clinictrials.gov.
"Podemos confirmar que o planejamento e o recrutamento estão em andamento para nosso programa de Fase 3, que está sujeito aos dados provisórios dos testes das fases 1 e 2 e à aprovação dos reguladores", disse um porta-voz da Johnson & Johnson. "Nosso programa de Fase 3 pretende ser o mais robusto possível, pode incluir até 60 mil participantes e será conduzido em locais com altas taxas de incidência”, acrescentou.
No caso do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou a realização de testes clínicos em estágio avançado com a potencial vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Janssen, a unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.
De acordo com a Anvisa, os testes no Brasil serão feitos com 7 mil voluntários distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
O porta-voz da J&J disse que a empresa está usando dados epidemiológicos para decidir onde os estudos devem ser realizados, e tomará uma decisão em breve. O ensaio de Fase 3 provavelmente será encerrado no fim de setembro, com as primeiras vacinas disponíveis para uso no início de 2021, afirmou.
Fabricantes de outras vacinas contra o novo coronavírus, como Moderna e Pfizer e Pfizer, estão considerando o recrutamento de até 30 mil voluntários para seus estudos de estágio final.
As ações da J&J subiram ligeiramente nessa quinta-feira (20), reduzindo as perdas iniciais, depois que o Wall Street Journal divulgou, pela primeira vez, o dimensionamento do teste.
A Reuters informou na semana passada que um projeto de vacina contra o novo coronavírus, do governo dos EUA, estava recrutando cientistas na África do Sul e na América Latina para ajudar a testar possíveis imunizantes em ensaios clínicos.
Agência Brasil
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