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    Críticas

    Vaquinha para voluntário que liderou resgate de Juliana Marins é cancelada

    Campanha já havia arrecadado mais de R$ 500 mil

    Publicado 30/06/2025 às 8:34 | Autor: Tayná Ferreira
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    Doadores criticaram a alta taxa cobrada pela empresa que organiza a arrecadação
    Doadores criticaram a alta taxa cobrada pela empresa que organiza a arrecadação |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

    A campanha de arrecadação criada para apoiar o alpinista Agam, voluntário que liderou resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, foi cancelada neste domingo (29). A iniciativa já havia arrecadado mais de R$ 522 mil em doações. Doadores criticaram a alta taxa cobrada pela empresa que organiza a arrecadação. 

    Por meio de uma nota publicada nas redes sociais, os organizadores anunciaram o cancelamento imediato da vaquinha. A devolução integral dos valores será feita de forma automática, utilizando os mesmos meios de pagamento, a partir desta segunda-feira (30).

    Inicialmente, as contribuições eram feitas diretamente, sem a intermediação de plataformas, exigindo transferências internacionais. O alpinista indonésio Agam, a princípio, havia recusado qualquer tipo de apoio financeiro, pedindo apenas orações. No entanto, mais tarde, decidiu aceitar as doações. A partir desse momento, a arrecadação passou a ser centralizada exclusivamente na plataforma.

    Taxa gera críticas

    De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada após um grande número de questionamentos por parte de doadores e seguidores, especialmente em relação à taxa de 20% aplicada sobre os valores arrecadados.

    A campanha de arrecadação foi organizada pelo perfil "Razões Para Acreditar" e realizada por meio da Voaa, plataforma vinculada ao próprio Instituto Razões.

    Com a taxa aplicada sobre o valor total arrecadado, mais de R$ 100 mil — exatamente R$ 104.461,11 — seriam destinados ao Instituto. O restante seria usado para ajudar o alpinista indonésio na compra de novos equipamentos de resgate.

    "Tomamos essa decisão após muitos questionamentos relacionados à nossa taxa administrativa de 20%, que, apesar de comunicada em nosso site desde o início, gerou desconforto em algumas pessoas. Reconhecemos que a comunicação nesta história poderia ter sido mais clara", escreveu a empresa em uma publicação nas redes sociais.

    Ainda segundo a empresa, a taxa de 20% praticada pela Voaa é resultado de um modelo de operação único, que vai muito além de simplesmente disponibilizar uma plataforma para arrecadação.

    Aspas da citação
    Informamos que a devolução dos valores será feita diretamente pelos meios de pagamento originais nesta segunda-feira dia 30 de junho, automaticamente, sem necessidade de ações adicionais por parte dos doadores e respeitando os prazos de cada meio.
    Empresa responsável pela vakinha
    Aspas da citação

    Diante das críticas, a plataforma optou por desativar os comentários na página da vaquinha. Em nota oficial, a equipe justificou a decisão afirmando que vinha recebendo mensagens com discursos de ódio, ofensas, acusações e até vazamento de informações pessoais, condutas que, segundo eles, vão contra os valores defendidos pela página.

    Mesmo com os comentários desativados, doadores encontraram uma maneira alternativa de se manifestar. Muitos passaram a enviar doações simbólicas de R$ 0,01, acompanhadas de mensagens de protesto. "Desativaram os comentários porque estavam sendo expostos", escreveu um dos doadores por meio desse recurso.

    Abaixo-assinado por doação integral

    Após a repercussão do caso, foi lançada uma petição online solicitando que todo o valor arrecadado seja destinado diretamente a Agam. O abaixo-assinado já conta com quase 1,6 mil assinaturas e reconhece que uma taxa bancária para o processamento do pagamento pela plataforma é aceitável. No entanto, os organizadores consideram inadequadas outras cobranças, como as relacionadas a custos de divulgação e salários da equipe.

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    Tayná Ferreira

    Tayná Ferreira

    Repórter sob Supervisão

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