Julgamento
Votação no STF deixa Sérgio Cabral a um passo de sair da cadeia
Já são 2 votos a favor da soltura do ex-governador do Rio
Apenas um voto pode definir o futuro do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. É que o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, votou nesta sexta-feira (8) para derrubar a prisão do político.
Agora a Segunda Turma do Supremo tem 2 votos a 1 pela liberdade de Cabral, que está preso desde 2016 pela Operação Lava Jato. O julgamento de ação da defesa de Cabral foi retomado nos primeiros minutos de hoje, no plenário virtual.
Em outubro, também votou para revogar a prisão o ministro Ricardo Lewandowski. O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, portanto, havia votado para manter Cabral preso.
Ainda faltam os votos de Gilmar Mendes e Nunes Marques.
Relembre a prisão
A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal do Brasil (RFB), fizeram a Operação Calicute no dia 17 de novembro de 2016, com o objetivo de investigar desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado era superior a R$ 220 milhões.
A apuração identificou fortes indícios de cartelização de grandes obras executadas com recursos federais mediante o pagamento de propinas a agentes públicos, entre eles, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, preso em sua residência, no Leblon, bairro da zona sul do Rio. No primeiro momento, policiais federais conduziram o ex-governador para a Superintendência da PF, na Praça Mauá, zona portuária da cidade.
Duzentos e trinta agentes cumpriram 38 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 14 de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, além de 14 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e um de prisão temporária expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
A Operação Calicute foi resultado de investigação na força-tarefa da Operação Lava Jato no Estado do Rio de Janeiro em atuação coordenada com a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná. O nome da operação é uma referência às tormentas enfrentadas pelo navegador Pedro Álvares Cabral a caminho das Índias.
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