Cidades

500 animais resgatados em Niterói

Animais silvestres que são criados em cativeiros ou se aproximam das áreas urbanas têm dado bastante trabalho para a Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal de Niterói. Desde o início do ano, já foram resgatados cerca de 500 animais. 170 deles apenas no mês de setembro.

Ainda que conquistem a simpatia de muita gente, corujas, capivaras, gambás e até cobras podem se tornar perigosos. Os guardas fazem um alerta: o ideal é se afastar e entrar em contato com o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) pelo telefone 153 para solicitar o resgate do animal.

Toda a equipe ambiental tem treinamento especial para realizar o resgate. Quando o animal não está ferido, é reintegrado ao seu habitat natural, mas quando necessita de cuidados específicos, é encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), que fica em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Tudo depende de como o animal é resgatado. Uma coisa é certa: ao serem acolhidos pela Guarda Ambiental, filhotes ou não, recebem alimentos, água e muito carinho.

“Como num hospital, fazemos a classificação de risco na hora de atender as chamadas e priorizamos, mas procuramos atender todas, tanto no que se relaciona a salvar, como resgatar para reintegrar. A população já entende que não deve hostilizar, pois a maioria desses animais que resgatamos contribuem para a manutenção do ecossistema. Os moradores querem acolher os bichos e se preocupam. Mas, é bom reforçar que não devem tentar mexer para segurança do animal e do próprio morador. É importante que a captura ou acolhimento seja feita por pessoas especializadas”, explica o subinspetor Edson Martins, coordenador da Guarda Ambiental.

Cuidados maiores devem ser tomados quando o assunto é cobra, já que a maioria das pessoas não sabe se a serpente é venenosa ou não. A orientação é que a pessoa se afaste e peça ajuda. Somente este ano já foram quase 60 cobras resgatadas em telhados, garagens, baldes e até em janelas de residências em diversos bairros da cidade. Quando não têm veneno, são reintegradas a natureza, mas quando são venenosas, são levadas para o Instituto Vital Brazil, em Santa Rosa.

A Coordenadoria Ambiental da Guarda também já resgatou muitos gambás, em sua maioria filhotes, pássaros silvestres, capivaras, corujas e até filhotes de micos em telhados.“São casos diferentes. Muitos podem aparecer buscando alimentação ou água ou mesmo fugindo de fogo. Mas sempre damos o mesmo tratamento, avaliamos as condições, os alimentamos e damos o destino adequado”, explica o subinspetor.

Resgate de animais – Cisp (Centro Integrado de Segurança Pública)

Telefone: 153

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