Cidades
Abandono no Jardim Interlagos, em Maricá
Moradores do loteamento Jardim Interlagos, no bairro Ponte Preta, em Maricá, cobram da Prefeitura a realização do projeto de construção de uma área de convivência. De acordo com eles, há aproximadamente seis meses os quiosques que movimentavam a região foram retirados por estarem irregulares e desde então o local está abandonado.
Ainda segundo os moradores, o terreno que ficou vazio é ideal para uma praça, mas atualmente virou ponto de crimes. Eles relatam que diversos assaltos são realizados e até uma adolescente teria sido estuprada no matagal.
“Com os quiosques havia uma movimentação, mas desde a retirada nem iluminação pública tem ali. As autoridades retiraram os comerciantes dali afirmando que fariam uma área de convivência, que regularizariam tudo, mas ficou só na promessa”, contou Wilson Pereira, morador da região há 20 anos.
A aposentada Graciete Rodrigues alegou que a dona de um dos quiosques, conhecida como 'Dona Silvia', vendia caldos e bebidas para a população há 40 anos, mas desde então apenas lamenta o estado que o loteamento ficou.
“Sou amiga dela desde que me mudei para cá há 12 anos e vejo de perto o sofrimento em não poder mais fazer o que ama por aqui. Eles retiraram tudo, prometeram algo melhor, mas o que a gente vê é o local deserto, escuro, um ponto perfeito para criminalização”, disse.
O comerciante Anderson Batista concordou com a vizinha e cobrou da Prefeitura as obras prometidas.
“Meu pai era dono de um dos quiosques e faleceu recentemente. Ele amava aquilo e foi retirado dele sem nenhuma indenização, nem nos deram a chance de regularizar! O mais triste é ver que isso tudo foi pra nada, apenas pra deixar uma praça com mato alto e abandonada”, finalizou.
O delegado titular da 82ª DP (Maricá), Dr. Mulatinho, afirmou, no entanto, que no último semestre não houve nenhum registro de ocorrência nesta região e solicitou que a população recorra à Polícia Civil quando sofrer um crime.
"Eu sou amigo de um pastor que mora na região e sei que ele foi assaltado porque ele me contou em uma conversa informal, não porque veio até à delegacia. Sem esses registros não tem como a polícia agir", afirmou.
Procurada, a Prefeitura de Maricá ainda não se pronunciou sobre o caso.
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