Cidades
Abertura irregular de canal afeta praias na Região dos Lagos
A Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) montou uma força-tarefa para conter a chegada de plantas aquáticas às praias das Região dos Lagos. Ao longo da última semana, gigogas e taboas tomaram a areia na praia do Peró e das Conchas, em Cabo Frio, e da praia de Tucuns, em Búzios.
A ação integrada rastreou a origem das plantas aquáticas e limpou a faixa de areia das praias afetadas. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), uma mudança na maré na segunda-feira (23) tem está reduzindo o volume do mar e afastando a vegetação da orla.
Em sobrevoo pela região na sexta-feira (20), técnicos haviam constatado que o fluxo da vegetação, proveniente de água doce, estava partindo do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no Norte Fluminense, que engloba Macaé, Carapebus e Quissamã.
O órgão que administra o Parque, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), constatou que a proliferação das plantas aquáticas foi desencadeada pela abertura de dois canais entre as lagoas do parque e o mar: uma na barra da Lagoa de Carapebus e outra na barra da Lagoa do Paulista.
O primeiro canal foi autorizado pelo ICMBio e aberto pela própria Prefeitura de Carapebus em 13 de dezembro. A obra ocorreu em caráter emergencial para dar vazão aos alagamentos no balneário e bairros do município.
No entanto, a abertura da Lagoa do Paulista foi irregular, segundo o Inea. Como uma retroescavadeira ainda estava no local, o Comando de Polícia Ambiental (CPAm) foi acionado para apreender o maquinário.
"Embora a região seja de responsabilidade federal, diante da gravidade do caso e da urgência na tutela dos recursos naturais, os órgãos ambientais estaduais agiram prontamente e tomaram medidas de monitoramento e controle da situação", ressalta o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Altineu Côrtes.
Ambos canais foram fechados no sábado (22), e os órgãos ambientais estaduais continuam monitorando o caso.
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