Tristeza
Agente de saúde morre após complicação no parto em Niterói
Jéssyka foi enterrada nesta quinta (1º) no Cemitério de Maricá
A agente comunitária de saúde de Maricá Jéssyka Gomes da Silva Sotéro, de 31 anos, morreu nesta quinta-feira (1º) após complicações no parto cesária do primeiro filho, o pequeno Kaio. Ela deu à luz no São Francisco Hospital e Maternidade, na Zona Sul de Niterói.
Conforme o hospital, ela sofreu um mal súbito durante o procedimento cirúrgico. Segundo a família da gestante, o bebê nasceu saudável. A expectativa de alta é para este sábado (3).
A unidade médica lamentou o falecimento de Jéssyka e disse que presta suporte à família. Jéssyka foi enterrada às 16h do mesmo dia, no Cemitério de Maricá.
Nem consegui ainda digerir, está difícil. A gravidez dela estava bem, todos os exames, não tiveram nenhuma alteração
O parto
O parto ocorreu às 5:49h desta quinta-feira. Kaio veio ao mundo com 3.570 g e 48 cm. "[Ele] passa bem tendo todo o suporte da equipe pediátrica da maternidade", garantiu o hospital ao ENFOCO.
Por meio de nota, o São Francisco Hospital e Maternidade reiterou que a equipe médica responsável pelo parto, escolhida pela paciente, não faz parte do quadro médico do hospital e que apenas locou seu centro cirúrgico para a realização da cesárea.
"Todo o pré-natal e acompanhamento da paciente foram externos. A equipe externa relatou no prontuário médico um mal súbito durante o procedimento cirúrgico, e após tentativas de reanimação, constataram o óbito", explicou.
De acordo com a equipe médica, "a gestante era de alto risco e possuía diversas comorbidades como hipertensão e obesidade mórbida".
Ministra de dança
Casada com Vinícius Abreu, a Jéssyka era cristã e atuava no ministério de dança da Igreja Congregacional do Spar, em Maricá. Em um perfil de rede social, ela se autodenominava "menina dos olhos de Deus".
Também demonstrava empolgação com o nascimento do tão esperado filho: "Kaio no forninho" e "Agora somos 3", eram frases destacadas no Instagram.
Agente de saúde
Sotéro atuava na Unidade de Saúde da Família (USF) Inoã II, onde prestou relevantes serviços à comunidade. O perfil acolhedor da funcionária foi ressaltado pela Secretaria Municipal de Maricá.
A Prefeitura disse, por meio de nota, que ela contribuiu para levar saúde preventiva e de qualidade a cerca de 500 moradores da sua área de atendimento.
"A Secretaria de Saúde presta solidariedade e condolências aos familiares e amigos", comunicou.
'Coração gigante'
A irmã Suellen Gomes, de 35 anos, definiu Jéssyka como 'uma pessoa extraordinária'. Também gestante, ela disse à reportagem que ainda não conseguiu compreender a perda da única irmã.
"Éramos só nós duas. Nem consegui ainda digerir, está difícil. A gravidez dela estava bem, todos os exames, não tiveram nenhuma alteração. Ela era uma pessoa extraordinária, coração gigante, não tinha quem não gostasse. O esposo dela está bem abalado, sonharam juntos", lamentou.
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