Cidades

Alerj debate radares nas rodovias RJ-104 e RJ-106

Radares ainda não entraram em operação. Foto: Wallace Rosa

A instalação de radares fixos e móveis, conhecidos popularmente como “pardais”, nas rodovias de acesso à Região dos Lagos e em outros pontos do estado já começou, desde o mês de abril, e apesar de ainda não ter previsão para entrar em operação, segundo informou o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), deputados das comissões de Transportes e de Turismo se reúnem com a população em audiência pública prevista para acontecer na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira (8). O assunto será debatido às 12h30, no Palácio Tiradentes.

Embora as rodovias estaduais estejam com muitos buracos, sem sinalização e com mato nos acostamentos, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) autorizou uma empresa terceirizada a instalar 99 radares nas estradas que ligam Niterói a Macaé, incluindo as rodovias da Região dos Lagos. Além disso, na maioria dos casos, a velocidade foi reduzida de 60 para 50 quilômetros por hora.

Entre as rodovias que receberam radares fixos e móveis está a Via Lagos, apontada como a mais segura do estado, que não registrou um único óbito em consequência de acidentes de trânsito em 2018 e nos primeiros meses de 2019 nos seus 55 quilômetros de extensão.  Presidente da Federação dos Conventions Bureau do Estado do Rio, Marco Navega disse que a medida do DER “foi um golpe no turismo do Estado do Rio”.

“É muito difícil ir e voltar hoje da Região dos Lagos sem receber uma multa. Os ‘pardais’ ficam escondidos e confundem os motoristas. É uma verdadeira operação caça-níqueis em prejuízo do turismo fluminense”, lamentou Navega.

Segundo o presidente da Comissão de Transportes da Alerj, Dionísio lins (PP), mais importante do que sair instalando pardais e lombadas pelas cidades, é saber se eles estão sendo colocados em áreas consideradas de risco, onde é elevado o número de roubos e furtos de automóveis.

"Não queremos incentivar o desrespeito às leis de trânsito como o excesso de velocidade e o avanço de sinal, mas sim colaborar para reduzir o número de vítimas inocentes que acabam tendo que escolher entre ser roubado ou avançar o pardal e ser multado para garantir a segurança de sua família", explicou o deputado.

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