Denúncia
Alunos expõem degradação de escola pública em Itaboraí
Estudantes fizeram um ato pedindo melhorias na unidade
Alunos e professores do Colégio Estadual Visconde de Itaboraí (Cevi) denunciam a situação precária dos prédios da unidade de ensino. O vestiário do local, por exemplo, não é utilizado pelos alunos pois precisa de reformas, segundo eles. Uma parte do prédio chegou a cair na perna de um aluno no mês passado e até pessoas armadas já adentraram na escola, segundo as denúncias.
“Somos o maior colégio da região, com mais de 2 mil alunos e não recebemos ar-condicionado, todas as escolas da região tiveram recursos para a banda, menos a nossa, e o prédio de cima está com vários problemas. Uma calçada caiu na perna de uma aluna e a direção que a socorreu e a levou para o hospital, além das rachaduras. Queremos cobrar ao estado tudo que é de direito de nós alunos. Essa semana até gente armada entrou aqui”, contou Pedro Henrique Machado, de 18 anos, um representante do Grêmio Estudantil da Unidade.
"A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) depositou uma verba de R$ 70 mil na conta da escola em agosto de 2021 para a reforma do nosso vestiário e até hoje a verba está na conta da escola e a Seeduc não libera o dinheiro para fazer obra e os alunos não conseguem usar o vestiário como está. Então, não conseguimos fazer um interclasse digno, que é nosso direito, por causa disso", afirmou ele.
Unidade de ensino teria feito o pedido de um novo espaço para a prática esportiva, o que ainda não foi atendido pela secretaria de Educação
O colégio tem dois prédios, mas apenas uma quadra. A unidade de ensino teria feito o pedido de um novo espaço para a prática esportiva, o que ainda não foi atendido pela secretaria de Educação.
Protesto
Cerca de 100 alunos se reuniram em um ato na frente da escola na tarde desta quinta-feira (11). Com bandeiras com dizeres como: “Queremos direito igual às outras escolas” e “Educação como prioridade”, eles se reuniram em frente à unidade.
Faz quatro anos que essas reclamações existem por parte de professores também e a Seeduc não nos responde e não nos ajuda, por isso, fizemos o ato. Também temos um abaixo-assinado com mais de 1000 assinaturas
"Faz quatro anos que essas reclamações existem por parte de professores também e a Seeduc não nos responde e não nos ajuda, por isso, fizemos o ato. Também temos um abaixo-assinado com mais de 1000 assinaturas e nenhum dos nossos pedidos foram atendidos", afirmou Pedro Henrique.
Dentre as reivindicações dos alunos e seus pais estão uniformes a todos, pois os alunos novos não receberam o uniforme do Estado, além de reformas na infraestrutura dos dois prédios da escola. Investimento financeiro em aparelhos de ar-condicionado, prometidos desde 2019, antes da pandemia, também é um dos pedidos.
Procurada, a Secretaria de Estado de Educação informou que há processos em trâmite para reparos na infraestrutura da unidade, entrega de uniforme escolar e revitalização do espaço do vestiário da escola. Indagada sobre a verba de R$ 70 mil, a Secretaria não se posicionou até o momento.
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi indagada sobre sua ciência do caso, mas ainda não respondeu.
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